Compras online dão direito ao arrependimento. Entenda

Nos dias de hoje, muitas compras são realizadas por meios online, e como a prática já é muito comum, existem direitos diferenciados para estes casos. Muitos podem não saber, mas ao adquirir um produto por meio da internet, você pode devolver em caso de insatisfação, é o que a doutrina jurídica chama de direito ao arrependimento.

Imagem por @ijeab / freepik

Com a proximidade da Black Friday, e o aumento significativo nas compras, torna-se fundamental estar por dentro dos seus direitos, enquanto consumidor. Segundo Ana Carolina Makl, advogada especialista em Direito do Consumidor, a garantia é dada, pois, a compra é realizada a distância, de modo que a pessoa não veja exatamente o que está comprando, apenas uma ilustração.

Direito ao arrependimento 

Em suma, no âmbito de uma operação online, o vendedor não poderá se recusar a devolver o valor integral do produto. Conforme a lei 8.078, o consumidor terá um prazo total de 7 dias, para manifestar o arrependimento, a contar do recebimento do item ou contratação. Veja o que diz o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor

“O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.”

Cabe ressaltar que o direito descrito acima somente é válido para compras realizadas no meio online, ou seja, à distância, através da internet. Quanto à aquisição de itens em lojas físicas, a devolução do dinheiro desembolsado somente ocorre, caso o vendedor tenha concordado em restituir o comprador.

E se o vendedor se negar a fazer a devolução?

É importante dizer que não precisa haver um motivo específico para poder manifestar o arrependimento. De modo breve, o consumidor pode até mesmo justificar que, simplesmente, não gostou do produto, pela qualidade, tamanho, cor, que seja.

A questão, aqui, é que o direito será resguardado desde que a insatisfação seja comunicada, dentro do prazo de 7 dias. Caso esse requisito seja cumprido, o vendedor tema a obrigação de devolver dinheiro. Se assim não for, a recomendação ao cliente, é registrar a devida reclamação em sites de órgãos ou empresas que agem em defesa do consumidor, a exemplo do PROCON, consumidor.gov e Reclame aqui.

Ana Carolina Makl, ainda explica que se a situação não for resolvida via administrativa, é possível entrar na justiça por meio de um processo no Juizado Especial, ou procurar um auxílio de um advogado para ingressar com a ação.

Fonte: Jornal Contábil .

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Black Friday à vista: Veja como entender o cenário e extrair o máximo das vendas!

No dia 25 de novembro teremos mais uma edição da Black Friday – uma das datas promocionais mais importantes para o varejo. Parece estar longe, mas quem deseja vender bem durante o evento precisa se preparar a partir de agora. Principalmente neste ano, em que o país e o mundo passam por intenso aumento de preços. Reflexo da crise gerada pela pandemia, da guerra na Ucrânia, dos desentendimentos envolvendo os Estados Unidos e a China, da alta do dólar, das eleições presidenciais no Brasil. Enfim, tudo segue contribuindo para que o atual cenário se mantenha difícil.

É nesse contexto turbulento que a Black Friday será realizada, e justamente nesse enredo há o “centro” das promoções: o consumidor. Mais de 80% dos compradores na internet pertencem às classes C, D e E. Enquadram-se nas classes D e E pessoas com rendas de até R$ 2,9 mil e na classe C com rendas de R$ 2,9 mil até R$ 7,1 mil.

A disposição a pagar e a taxa de juros

Olhar para a renda é importante porque assim fazemos uma leitura a respeito da disposição para pagar, ou seja, da capacidade de adquirir os bens que serão disponibilizados na Black Friday. Analisando o mercado atual, temos uma taxa de juros bastante elevada, de 13,75% ao ano. Esse percentual afeta o poder de compra das pessoas que têm menor renda e são muito dependentes do parcelamento das compras, principalmente as de tíquetes mais elevados como, por exemplo, bens duráveis e eletrônicos mais sofisticados.

Inflação

Outro componente é a inflação mais alta. Apesar dos esforços do Banco Central, os preços continuam subindo. Curiosamente, a demanda não tem reduzido na mesma proporção da elevação dos preços. Dessa maneira, a trajetória de elevação contínua. Aliás, grandes fabricantes globais já declararam nos veículos de imprensa que enxergam o cenário de aumento de preços até o final do ano e que, na América Latina, ainda não é possível observar uma redução da demanda que justifique o arrefecimento dos valores.

Isso significa que estamos em um momento praticamente inelástico, que é quando se aumenta o preço e a demanda reduz em uma proporção muito menor do que a elevação dos preços. Para frear a alta inflacionária, é preciso que a demanda tenha retração numa velocidade superior à elevação dos preços. Ainda não conseguimos ver esse cenário. Tudo isso deixa o consumidor mais inseguro, com medo de gastar muito. Então, a perspectiva é de que as pessoas estejam dispostas a gastar com produtos de menor tíquete, a exemplo do que aconteceu no ano passado, quando houve a primeira queda no número de pedidos, desde 2010 pelo menos.

A Copa do Mundo

A favor das vendas, teremos a Copa do Mundo. É possível que as pessoas ainda tenham disposição para gastar com televisores. Existe também o movimento do 5G. As empresas do setor se preparam para o grande lançamento de suas campanhas para que os consumidores substituam smartphones 4G por aparelhos com a nova tecnologia. São dois fatores que podem trazer um pouco mais de ânimo. Mas considerando o cenário geral, eu diria que as empresas vão precisar se preparar mais e melhor, com antecedência para extrair o máximo de valor dessa Black Friday.

Dicas para se preparar:

1) Acompanhe o preço dos concorrentes desde já

Entre as dicas que posso deixar, uma delas é referente ao timing. É importante já começar a acompanhar os movimentos de preços dos concorrentes. Existem categorias mais sensíveis à concorrência, outras menos. Portanto, começar a entender os movimentos de preços dos concorrentes diretos e saber como afetam a própria venda é essencial para começar a se planejar em relação aos produtos mais e menos sensíveis aos valores. Com menos dinheiro no bolso, o consumidor estará mais criterioso. Ou seja, seguir a tendência de trabalhar um período maior para a Black Friday é interessante.

2) Trabalhe promoções na semana ou até no mês da Black Friday

Vale ressaltar que o consumidor vai pesquisar mais, dedicar mais tempo para escolher o que comprar. Então, seria bastante interessante trabalhar não só a quinta e a sexta-feira de Black Friday, mas a semana e, possivelmente, todo o mês de novembro.

3) Conheça a elasticidade dos seus produtos

É importante ainda conhecer a elasticidade de preços dos seus produtos. De nada adianta formar um grande estoque para campanhas que são pouco sensíveis ao preço e não devem responder com mais demanda em função do planejamento de promoções. No contraponto, podem existir produtos que são sensíveis ao preço e talvez o varejista não tenha planejado o estoque. Nesse caso, ele perderia a oportunidade de atender à demanda. Então, conhecer a elasticidade e seus consumidores é muito importante para que os investimentos no estoque e nas promoções sejam mais assertivos.

4) Entrega rápida

Por fim, eu chamaria a atenção para a entrega rápida. O consumidor está cada vez mais exigente não só em relação ao preço como também à velocidade de entrega. Seria uma boa ideia trazer o olhar do consumidor para produtos que o varejista poderia enviar mais rapidamente, criando vitrines com promoção e entrega rápida, por exemplo. Isso talvez possa agregar nessa data tão esperada pelo consumidor. Mas sempre prometa um prazo que você possa cumprir.

Agora, é preciso lembrar que acompanhar preços de concorrentes, monitorar a elasticidade, as rupturas de estoque e definir preços competitivos não são tarefas fáceis. Manualmente, ou com apoio de ferramentas analógicas, é quase impossível ter sucesso nessa jornada.

As empresas precisam perceber que a digitalização dos processos é a única maneira de levar essas estratégias adiante de forma escalável e com a velocidade necessária. Com o aumento exponencial da concorrência e das facilidades que os meios digitais trazem para mudanças de preços e estratégias, quem já conta com a tecnologia no suporte às táticas de pricing sai na frente. Afinal, a luta é vender bastante extraindo o máximo de rentabilidade e colocando o preço certo no momento certo.

Por Ricardo Ramos é CEO e fundador da Precifica, uma das maiores empresas brasileiras especializadas em soluções de pricing.

Criada em 2013, a Precifica é uma empresa brasileira líder em soluções de pricing.

Fonte: Jornal Contábil .

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Black Friday: Brasileiros tem expectativas altas e orçamento reduzido

Em alguns dias, acontecerá um dos eventos comerciais mais esperados do ano, tanto por varejistas como consumidores: a Black Friday. Quase dois anos depois do começo da pandemia, e com a inflação crescente provocada pela alta dos preços da energia, economizar passou a ser uma das principais preocupações dos brasileiros. Com isso, no dia 26 de novembro, a grande maioria das empresas do país lançará suas melhores ofertas para seduzir os consumidores que aguardam ansiosamente esta data para comprar aquele item desejado ou anteciparem suas compras de Natal a um preço melhor.

Nesse contexto de volatilidade e em plena reativação econômica, a pesquisa da Black Friday realizada pelo Tiendeo.com.br, plataforma líder em ofertas e descontos, revela que as expectativas dos brasileiros são altas, mas seu orçamento é baixo. Assim, 70% dos participantes na pesquisa declararam que nesta edição vão destinar menos de R$600, o que representa uma redução de 30% no orçamento em relação ao ano passado. 

Neste ano o consumidores chegarão mais preparados, considerando que 55% afirmaram que planejarão suas compras com antecedência, traçando orçamento e comparando preços, enquanto 30% decidirão no momento se aproveitarão ou não uma super oferta, e somente se for algo realmente necessário, e somente 15% admite que cairá na tentação de fazer compras por impulso.

Nesta batalha, quem será o vencedor?

Embora não seja uma surpresa, para 89% dos compradores o mais atrativo desta campanha são os descontos em produtos, serviços ou eventos. O fator principal é: o que fará a diferença entre fazer a compra ou passar reto pela loja? 56% dos brasileiros expressaram que não hesitariam em aproveitar uma oferta de 60% a 80% de desconto. 33% dos consumidores estarão caçando descontos de 40% e 50%, enquanto 11% disseram que não comprariam nada com menos de 30%.

As clássicas promoções 2×1 ou 3×2 não podiam faltar, colocando-se entre as favoritas para 30% dos inquiridos. A comodidade também foi destaque, pois para 28% dos participantes, obter frete grátis nas compras será um estímulo importante.

Então, o que será mais importante? A marca, o preço ou o produto? Tudo indica que os brasileiros vão apertar o cinto nesta edição da Black Friday. De acordo com a plataforma, para 58% dos consumidores, o fator que determinará suas compras será o preço. Cerca de 38% colocarão a qualidade do produto em primeiro lugar, enquanto apenas 4% preferem privilegiar a marca.

Em relação ao canal de preferência, 60% garantem que encontrarão melhores promoções e descontos na loja online de suas marcas preferidas, 13% irão diretamente para a loja física, enquanto 27% irão alternar suas compras nos dois canais em busca da melhor oferta do ano.

O imperdoável: Escassez de produtos

Quando questionados sobre o que as marcas e lojas devem melhorar nesta edição, 28% dos consumidores brasileiros exigem um maior número de produtos disponíveis, na mesma linha que 22% que exigem que os prazos de entrega sejam melhorados e seus produtos cheguem em boas condições.

No que diz respeito à experiência de compra, 20% consideram que é necessário dar mais atenção ao atendimento ao cliente, 16% esperam ampliar suas formas e facilidades de pagamento, enquanto 12% pedem maior segurança em suas transações e dados pessoais.

*Pesquisa realizada no Brasil com um público de 500 usuários da plataforma Tiendeo.com.br na primeira quinzena de novembro de 2021.

Fonte: Jornal Contábil.

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