Carreira: Confira quais são as profissões que mais estão em alta no país em 2022

Com a chegada da pandemia o mercado de trabalho teve que se adaptar, com o isolamento social o trabalho remoto se tornou cada vez mais presente.

E com isso novas carreiras surgiram e muitas se tornaram cada vez mais populares, principalmente as profissões ligadas a área da tecnologia.

Imagem por @senivpetro / freepik

O LinkedIn realizou uma pesquisa com a base de dados de janeiro de 2017 a julho de 2021 considerando cargos que tiveram auto crescimento na base de usuários e um aumento significativo em 2021.

Confira quais são as profissões que mais estão em alta no país, segundo o LinkedIn:

Recrutador(a) especializado(a) em tecnologia

  • Competências mais comuns: Recrutamento de TI, Entrevistas, Triagem de currículos
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Recrutamento, Recursos Humanos
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 7,3 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Analista de recursos humanos, recrutador(a), assistente administrativo
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 20,8% homens; 79,2% mulheres

Engenheiro(a) de confiabilidade de sites (Site Reliability Engineer – SRE)

  • O que faz: Avalia e otimiza a confiabilidade de sistemas com ferramentas de probabilidade e estatística. Entre suas atribuições estão o diagnóstico e o prognóstico de falhas e desenvolvimento de soluções de automação para aprimorar a usabilidade de uma plataforma.
  • Competências mais comuns: DevOps, Amazon Web Services, Docker
    Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Serviços Financeiros, Internet
    Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis
    Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 10,5 anos
    Principais cargos ocupados antes da contratação: Consultor(a) de DevOps, Engenheiro(a) de software, Engenheiro(a) de servidor
    Divisão por gênero de contratados em 2021: 95,1% homens; 4,9% mulheres

Engenheiro(a) de dados (Data engineer)

  • Competências mais comuns: Apache Spark, Hadoop, Hive
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Serviços Financeiros, Internet
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 9,8 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Engenheiro(a) de software, Analista de dados, Analista de Business Intelligence
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 86% homens; 14% mulheres

Especialista em cibersegurança

  • Competências mais comuns: Cibersegurança, Segurança da informação, Segurança de rede
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Serviços Financeiros, Contabilidade
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro, Osasco
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 12,2 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Analista de cibersegurança, Analista de segurança da informação, Especialista em segurança da informação
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 83,5% homens; 16,5% mulheres

Representante de desenvolvimento de negócios (Business Development Representative)

  • Competências mais comuns: Outbound Marketing, Prospecção de vendas, Vendas internas
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Software de computadores, Serviços Financeiros
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Curitiba, Florianópolis
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 5,1 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Vendedor(a), Assistente administrativo, Especialista em vendas
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 44,9% homens; 55,1% mulheres

Gestor(a) de tráfego (Traffic manager)

  • Competências mais comuns: Gestão de tráfego, Google Ads, Marketing digital
  • Setores mais comuns: Marketing & Publicidade, Tecnologia da informação & Serviços, Serviços de facilities
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 5,8 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Assistente administrativo, Analista de marketing, Vendedor(a)
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 79,8% homens; 20,2% mulheres

Engenheiro(a) de machine learning (Engenheiro de aprendizagem de máquina)

  • Competências mais comuns: Aprendizado de máquina, Aprendizagem profunda, Ciência de dados
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Serviços Financeiros, Software de computadores
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Porto Alegre, Brasília
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 4,8 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Engenheiro(a) de software, Cientista de dados, Engenheiro(a) de dados
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 85,9% homens; 14,1% mulheres

Pesquisador(a) em experiência do usuário (User Experience Researcher)

  • Competências mais comuns: Teste de usabilidade, Experiência do usuário (UX), Design thinking
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Serviços Financeiros, Internet
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 8,5 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Designer de experiência do usuário, Consultor(a) em design de produto, Estrategista de design
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 28,6% homens; 71,4% mulheres

Cientista de dados (Analista de dados, Data Science Specialist)

  • Competências mais comuns: Ciência de dados, Aprendizado de máquina, Python
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Serviços bancários, Serviços Financeiros
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Brasília, Campinas
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 7,5 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Cientista de dados, Analista de dados, Engenheiro(a) de software
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 77,2% homens; 22,8% mulheres

Analista de desenvolvimento de sistemas

  • Competências mais comuns: Scrum, AngularJS, Microsoft SQL Server
  • Setores mais comuns: Tecnologia da informação & Serviços, Software de computadores, Serviços de utilidade pública
  • Cidades com mais contratações: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília
  • Tempo médio de experiência antes de assumir o cargo: 7 anos
  • Principais cargos ocupados antes da contratação: Analista de sistemas, Engenheiro(a) de software, Analista de desenvolvimento
  • Divisão por gênero de contratados em 2021: 83,7% homens; 16,3% mulheres

Fonte: Jornal Contábil.

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Carreira Profissional – uma conversa sobre malas, ânimos e molas

Se as vidas não editadas pudessem testemunhar a razão de seu sucesso diriam que foi por terem tido 90% transpiração e 10% inspiração, nas coisas em que se meteram a fazer

Uma das experiências mais ricas que tive em minha carreira profissional foi a de ser gerente de Capital Humano, numa grande corporação nacional, mais especificamente de sua área de TI, com 4.200 funcionários. Durante minha estada à frente daquela área, pude acompanhar de perto a carreira de mais de 1.000 trainees, que ali ingressaram, no período entre 2011 e 2016.

 

Muitos procuravam-me pedindo dicas de ascensão profissional, orientação no trabalho, ou, para um simples desabafo da adaptação. Para todos, eu tinha alguns “conselhos”. Aí estão:

 

Desfaça as malas emocionais – Diga para si mesmo: “Eu vim para ficar. Aqui é o meu melhor lugar, no momento, para eu estar”.

Essa postura faz toda a diferença. Não ficar de malas feitas é deixar de viver na provisoriedade de uma partida iminente, viver suspirando pela carreira do outro, pela empresa do outro, pela vida do outro. Desfazer as malas emocionais é permitir-se gostar dos novos amigos, da cidade, da empresa e sua cultura organizacional que nela ingressou. E, porque não dizer, gostar de onde já chegou, fruto do esforço que empregou. É prestar atenção de como está sentindo o trabalho, no lugar de ficar esperando que numa lâmpada mágica apareça o sentido do trabalho. Pensar sobre o pensado, prestar atenção ao que de legal faz e do impacto do seu feito sobre o todo, mesmo que seja o carimbar de uma pilha de papeis, faz toda a diferença para um bom desfazer das malas.

Cultive o ânimo – O segundo conselho é até bíblico: “Tende bom ânimo”. Ora, se até Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas que era preciso coragem e ânimo para enfrentá-los. Como achar que a vida corporativa será uma valsa? Nada disso. É pedreira.

É dormir tarde e acordar cedo. É suor. Aliás, aliás, se as vidas não editadas pudessem testemunhar a razão de seu sucesso diriam que foi por terem tido 90% transpiração e 10% inspiração, nas coisas em que se meteram a fazer. Na vida, não há almoço grátis. Tem que ralar, suar, acordar cedo, esforçar-se. Superar-se e para isso precisa-se da chama do ânimo, e todo o dia. E de um ânimo alimentado por nós mesmos. Não se pode terceirizar nosso ânimo.

Para o gestor, para a política da empresa, para o colega de estação de trabalho. Nem tampouco para o próprio trabalho. Ânimo é determinação, chama interior, coragem, vontade de ser e fazer melhor, ânimo é pulsão de vida. Mais sabemos dele pelo seu antônimo, o desânimo. Esse é fácil e perceber no outro e em nós mesmos. Etimologicamente, a palavra “ânimo” deriva do latim: animus, que significa “alma”, “coragem” ou “mente”. Que tem sua raiz em ANE, que significa respirar. Então, no limite, ter ânimo é continuar respirando, mesmo quando todos ao seu lado já desistiram, e estão desanimados. Contudo, o ânimo é um estado de espírito muito frágil, precisa ser bem cultivado, protegido e estimulado.

Entende? Tem muita gente ao seu redor que vai roubar-lhe o ânimo, cuidado para não se infecionar pelo desânimo deles. Use os anticorpos emocionais da esperança, otimismo, misericórdia e compaixão para lidar com eles, sem excluí-los de teu redor, querendo viver numa bolha. Mas, sem deixar que eles retirem de ti seu fulgor. Cuidar de teu ânimo é uma tarefa tua, não a delegue. Justificar o desânimo pelo impacto dos outros em nós mesmos, é só uma forma de dizer que estamos nos tornando como eles. E saindo do jogo antes do minuto final.

Desenvolva Molas Comportamentais – Gosto de ver as molas em ação, na suspensão de um veículo, por exemplo. Quanto mais tranco elas levam, melhor desempenham seu papel. E, quando cessa o estresse, elas voltam à sua posição de origem. Criaram uma palavra para isso, chamada de resiliência. Prefiro chamá-la de molas comportamentais. Que nos dão ginga, flexibilidade, que nos fazem contorcionistas para sair de situações difíceis. Que nos fazem surfar na onda da mudança. E ver nas incertezas, possibilidades.

E nos limites, paciência para equacioná-los, ou para racionalmente lidar com eles. Fazer meditação, cultivar momentos de paz e oração, cantar, dançar, pedalar, caminhar, celebrar, desenvolver senso de gratidão, nutrir amizades, valorizar a família, ter hobbies, praticar esportes, participar de algum grupo social para se doar, são espaços de renovação de nossas molas comportamentais. São lugares que atuam nelas como o malho atua sobre o ferro em brasa, dando-lhe mais fortaleza. Paradoxalmente, o segredo de manter as molas funcionando direito passa por algum, ou mais de algum dos itens acima, muito mais do que pelo nosso próprio esforço.

Muitos desses trainees ainda se comunicam comigo. E, em nossas conversas, eles me dizem que ainda usam as três dicas: de desfazer as malas emocionais, de zelar com responsabilidade pelo ânimo deles e de cuidar em renovar as molas para que não se enrijeçam com o dia a dia. E que essas dicas de carreira ainda fazem toda a diferença nas suas vidas profissionais e até pessoais.

Que bom!

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