Saiba quais são os principais fatores de endividamento dos brasileiros
Segundo recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), o endividamento financeiro atingiu 77,9% das famílias brasileiras em 2022, um aumento de 7% em relação ao ano anterior.
Entre os principais “vilões” estariam dívidas com o cartão de crédito, com 86,6%; carnês de pagamentos, com 19%; e financiamentos de automóveis, com 10,4%, sendo a inadimplência recorde, batendo a casa dos 28,9%.
“O endividamento muitas vezes é reflexo da falta de uma educação financeira somada a uma compulsividade em comprar coisas, o que pode levar famílias inteiras a grandes complicações financeiras”, explica a consultora financeira da Zetra, Andreza Stanoski.
Acompanhando esse cenário de perto já há algum tempo, Stanoski elenca alguns pontos importantes que contribuíram para o aumento do endividamento do brasileiro e como muitas vezes as “soluções” são, na verdade, problemas na hora de equilibrar as finanças.
Não existe dinheiro fácil
A tentação do dinheiro fácil ou disponível é certamente um dos maiores causadores de dívidas. E, entre eles, o cartão de crédito e o cheque especial ocupam os primeiros lugares nos rankings de endividamento.
O grande problema são os juros caríssimos que esse dinheiro fácil traz consigo, o que acaba sempre virando uma enorme bola de neve e faz com que as dívidas aumentem muito rápido. Existem muitas formas de mudar, reformar a casa, trocar de carro, porém, as pessoas preferem um financiamento e acabam pagando três vezes mais o valor daquele bem.
Além disso, muitas pessoas compram coisas que não usam. “E aí vem a fatura do cartão de crédito para elas pagarem um cheque especial, que vira uma bola de neve, e elas não conseguem sair desse ciclo do endividamento”, diz a especialista.
Evite novas dívidas
Existem dívidas que servem para adquirir patrimônio e melhorar o seu conforto, e outras dívidas que servem para quitar dívidas já existentes, que normalmente têm juros altos. São dívidas ruins e que precisam ser quitadas e canceladas, o que acontece com educação financeira.
Por exemplo, uma pessoa que utiliza o cartão de crédito como fonte extra de renda não deve mais utilizar o cartão. Isso vale para o cheque especial também. “Eu primeiro cancelaria o cheque especial e depois quitaria e diminuiria o limite do cartão de crédito. O limite do cartão de crédito sempre deve ser de 30% do valor da renda líquida. Não pode ultrapassar esse valor. Se ultrapassar esse valor, pode ser que a pessoa se endivide novamente”, explica Stanoski.
Quando buscar um empréstimo
Caso a única solução para um endividamento seja realizar um empréstimo, faça isso somente com a ajuda de um especialista, um consultor financeiro, que é a pessoa que vai ajudá-lo a não entrar novamente no ciclo do endividamento e fazê-lo conseguir sair desse comportamento de consumismo desenfreado.
No trabalho do consultor financeiro, ele não vai priorizar somente as dívidas; mas a realização dos objetivos dessa pessoa com foco na solução.
“É o mesmo que ir ao médico quando sentimos dor no nosso corpo. Se você sente dor de cabeça, você não vai ao ortopedista, e sim a um neurologista, que é o especialista. E nem pense na automedicação, que seria realizar empréstimos por conta própria”.
Buscar os menores juros também é uma saída. Normalmente, bancos públicos oferecem taxas mais atraentes, até mesmo para renegociar dívidas mais antigas. No fim das contas, tudo passa por criar hábitos e perder o vício pela dívida.
Fonte: Rede Jornal Contábil.
READ MOREEstou no vermelho, quais contas devo priorizar e pagar primeiro?
O assunto de hoje é um pouco delicado e reflete a realidade de milhares de brasileiros que hoje se encontram no negativo e não sabem quais contas devem priorizar, tendo em vista que possivelmente não há recursos suficientes para o pagamento de todas as dívidas.
Nesse momento muitas pessoas se questionam sobre quais contas são mais importantes de serem pagas e quais é possível deixar para um segundo momento para tentar encontrar de alguma forma recursos que possam garantir o pagamento de todas as dívidas.
Quais contas devo pagar primeiro?
Quando falamos em dívidas maiores do que o que temos para receber, é importante frisar aqui que neste momento você deve optar pelas dívidas essenciais para sua sobrevivência e de sua família.
Nesse sentido, as primeiras dívidas que devem ser pagas são as contas de recursos essenciais, ou seja, contas de água e luz, já que estes dois são fundamentais para o básico da sobrevivência.
Em segundo momento é importante que as pessoas optem por pagar as dívidas como de celular, afinal, ainda é preciso ter um canal de comunicação com as pessoas, logo, após pagar o essencial para sobrevivência opte pelo seu contato.
Com o básico para sua sobrevivência, agora você poderá optar por pagar as contas relacionadas aos cartões de crédito, afinal, aqui a brincadeira é assunto sério, e essa dívida pode render altos juros que se tornam praticamente impagáveis com o passar do tempo.
Caso esteja sem condições para pagar seus débitos junto aos bancos, entre em contato com as instituições, explique sua solicitação, diga que você tem o interesse em renegociar, pois, você não quer ficar inadimplente, mas um possível parcelamento das contas pode ser pago.
Por fim, você deverá então priorizar suas dívidas relacionadas a financiamento imobiliário e de bens. Lembrando aqui, que não estamos falando para deixar de pagar alguma conta, mas apenas as contas que você deverá priorizar primeiro.
E se eu não pagar minhas contas o que acontece?
Precisamos esclarecer uma coisa, deixar de pagar suas contas, realmente é um grande problema que poderá lhe causar enormes problemas, dessa forma, a melhor opção é que priorize quais contas pagar.
Pois, caso você deixe de pagar uma conta de luz, você poderá ficar sem energia na sua casa, o que é indispensável para sobrevivência atualmente.
Da mesma forma, a pessoa que deixa de pagar seus débitos junto aos bancos, como dívidas de cartão de crédito e financiamento, poderá levar a maiores problemas.
No caso do cartão de crédito que não for pago, você terá o seu nome negativado junto aos órgãos de proteção ao crédito e estará com o nome sujo.
Caso, você tenha o financiamento de um veículo e não pague sua dívida, o banco poderá optar inclusive pela busca e apreensão do bem, e consequentemente você perderá seu carro ou moto e ainda perderá todo o dinheiro investido em entrada e parcelas pagas.
Troque suas dívidas mais caras por mais baratas
Às vezes uma dívida do cartão de crédito pode não ser tão alta, uma dívida de financiamento pode não ser tão alta, no entanto, juntando todas as contas, pode-se dizer que você possui uma dívida impagável no momento atual.
Vale lembrar que as dívidas com cartão de crédito e cheque especial quando em atraso são absurdamente caras, pois, os juros e demais encargos podem fazer com que ela aumente até 20% ao mês e mais de 1000% ao ano.
Dessa forma, é uma boa opção conseguir um empréstimo pessoal ou consignado, dos quais os juros podem variar a partir de 2% ao mês, mas vale lembrar que no momento atual a SELIC está muito alta e os juros podem passar dos 7%, então fique atento antes de contratar para não trocar gato por lebre.
Outra sugestão é tentar procurar outros bancos para fazer a portabilidade de sua dívida, resumidamente falando, a troca da sua dívida para outro banco, ou seja, um banco quita sua dívida e você ficará com pendências em outra instituição, que poderá liberar juros menores. Mas mais uma vez, fique atento aos juros cobrados.
Isso porque muitos bancos aceitam quitar sua dívida e abrir outra com eles, podendo então ter juros menores e maiores prazos, o que pode se tornar uma excelente opção.
Fonte: Jornal Contábil .
READ MOREIOF: Como o aumento afeta a vida do brasileiro?
Desde segunda-feira, dia 20, o Governo Federal aumentou a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O objetivo é obter os recursos necessários para bancar o novo Bolsa Família: o Auxílio Brasil. A estimativa é arrecadar R$ 2,4 bilhões.
Mas para que serve o IOF? Como esse aumento influencia na vida dos brasileiros? Acompanhe.
O que é o IOF?
O IOF é um imposto cobrado pelo governo em algumas transações financeiras, de pessoas físicas e jurídicas. O governo federal anunciou os novos percentuais. No caso da pessoa física, a alíquota do IOF subirá de 0,0082% (taxa anual de 3%) para 0,01118% (taxa anual de 4,8%). Para as empresas, a alíquota vai passar de 0,0041% (taxa anual de 1,5%) para 0,00559% (2,04% ao ano).
Os novos valores tem a previsão de vigorar até o dia 31 de dezembro de 2021 e atende à Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê que uma medida de aumento permanente de despesa tem que vir acompanhada de uma fonte de custeio.
Até novembro de 2020, o IOF estava zerado para facilitar o acesso ao crédito em um momento no qual a pandemia castigava famílias e empresários por causa da suspensão de atividades presenciais decorrentes da Covid-19.
O que este aumento influencia na vida do consumidor?
Muita gente pode se perguntar: mas o que eu tenho haver com isso? A resposta é: muita coisa. Isso porque o imposto incide sobre transações financeiras, financiamentos, cartão de crédito e cheque especial estão entre as operações. Tudo isso sofrerá os impactos do aumento do IOF.
A seguir, as transações que sofrerão com a elevação do imposto e, consequentemente, vão afetar o seu bolso.
Financiamentos – Os empréstimos tomados junto ao banco têm a incidência de IOF. Quando o IOF aumenta, o custo efetivo total do financiamento é alterado. Ele não incide, porém, sobre o financiamento imobiliário.
Cheque Especial – O valor a ser cobrado pelo uso do cheque especial também conta com a incidência de IOF.
Cartão de Crédito – Compras realizadas por brasileiros com cartão de crédito internacional no exterior também têm a incidência de IOF.
Câmbio – Comprar ou vender moeda estrangeira ficará mais caro com o aumento do IOF.
Seguros – Contratar um seguro automotivo, por exemplo, também é uma operação sobre a qual incide o IOF.
Investimentos – Ações, cotas de fundos de investimento, Certificado de Depósito Bancário (CDB) e títulos do Tesouro são investimentos que também contam com a incidência de IOF. Essa incidência ocorre sobre o ganho que o investidor teve no momento do resgate.
Fonte: Rede Jornal Contábil .
READ MOREBancos podem realizar descontos da conta corrente em caso de débitos atrasados?
A economia do Brasil enfrenta um momento delicado; alguns produtos estão com seus valores em alta, vários cidadãos perderam sua fonte de renda por causa da pandemia.
Na maioria dos casos os gastos mensais ultrapassam os ganhos, gerando dívidas cada vez maiores.
Parte significativa dos brasileiros já passou por algum transtorno, quando o assunto são os serviços bancários.
Em caso de dívidas, os bancos podem descontar os valores das contas sem autorização do titular? A seguir, explicaremos algumas situações e o que pode ser feito nelas.
Quando o banco pode descontar as dívidas da conta corrente?
Para que o banco possa realizar descontos é preciso que o titular tenha autorizado essa transação, caracterizando assim o débito automático.
Essa autorização precisa ser comprovada de forma escrita ou através de outro tipo de documento.
Quem pode tirar o dinheiro da conta?
Toda conta corrente (pessoa física ou jurídica) é inviolável, pois possui proteção jurídica. Isso significa que somente o titular da conta pode realizar transações bancárias, mesmo que exista algum débito atrasado.
Quando o cliente procura facilidade e agilidade, pode autorizar o banco a realizar essa movimentação.
Descontos
Quando as dívidas pertencem ao mesmo banco onde o cliente costuma fazer transações, é possível descontar esses débitos?
Isso pode acontecer em contas-salário e contas correntes, mas é preciso que o banco informe essa chance ao cliente, no ato da abertura da conta, através do contrato.
Essa maneira de cobrança pode ser usada por muitos bancos para o uso do cheque especial.
Quando acontece o atraso em alguma parcela do cartão de crédito ou de empréstimo, o desconto também pode ocorrer.
Valor da dívida é superior ao valor do salário
Se existir um bloqueio integral do salário, o cliente deverá questionar a legalidade do método contactando a justiça.
Quando o cliente possuir dívidas diretas com o banco, que serão debitadas em sua conta salário, será preciso entrar em contato com seu gerente, informando sua condição financeira.
É importante lembrar que o banco não pode cobrar débitos que prejudiquem a sobrevivência do devedor, por esse motivo o cliente poderá negociar com o banco para a quitação da dívida, valores que não interfiram em sua renda.
Descontos na conta, sem a autorização do cliente
Se o cliente entrar na justiça, poderá exigir que o banco pague uma indenização por isso.
Se o cliente tem dívidas com determinado banco e precisa abrir uma conta no mesmo, o mais indicado é abrir uma conta-salário; pois o salário é um bem impenhorável.
Encerramento de conta sem autorização
Cada banco possui suas regras, por isso é importante estar ciente de todas as normas da instituição antes de abrir uma conta.
Em alguns casos é permitido o encerramento da conta sem a autorização do titular, como: quando não há nenhum tipo de movimentação por seis meses ou mais.
Vale ressaltar que nesse caso e nos demais casos de encerramento de conta por parte do banco, o mesmo precisa notificar o cliente com 30 dias de antecedência e justificar o motivo do fechamento da conta.
Por: Ana Flávia Correa
Fonte: Rede Jornal Contábil .
READ MOREA importância da educação financeira no uso de cartão de crédito
A maneira como a gente se relaciona com o dinheiro pode facilitar ou atrapalhar a conquista dos nossos objetivos.
Muito provavelmente, se desde a fase escolar aprendêssemos a lidar melhor com isso, não teríamos hoje uma enorme quantidade de endividados pelo país e uma expressiva oferta de empréstimos para este público.
Pensando neste sentido, não tem como não avaliarmos que a ausência da educação financeira em uma formação de base traz impactos negativos.
É muito comum vermos as pessoas tropeçando nesse assunto e se debatendo com dívidas, principalmente os mais jovens, que ainda estão aprendendo a se planejar financeiramente, o que pode levar anos para ser resolvido e comprometer a sanidade das contas de uma família inteira.
Essa má gerência do dinheiro acarreta não só no adiamento de projetos, pois pode resultar em um descontrole no orçamento, afetando diretamente o histórico financeiro de uma pessoa no banco.
Se o chamado “score” de crédito não for satisfatório, a instituição financeira não libera um eventual empréstimo solicitado para a compra de um carro, de um apartamento ou para uma viagem.
Crédito prático e seguro
Quando foi criado, o cartão de crédito chegou ao mercado com a promessa de facilitar o planejamento financeiro das pessoas.
Por meio de um limite de crédito preestabelecido, é possível ter dinheiro na hora para pagar uma compra, sem ter de carregá-lo em espécie, e acertar aquela conta em até 40 dias, que é o prazo de vencimento de uma fatura de cartão de crédito.
E mais: com a vantagem extra de poder escolher se você quer pagar à vista, no fechamento dessa próxima fatura, ou parcelar o valor gasto, caso tenha feito uma compra grande.
Uso com consciência
Sem dúvida, o cartão de crédito é uma excelente ferramenta de compra, muito prática e segura, e um verdadeiro aliado para controlar as finanças, desde que usado com cautela e consciência, evitando cair na opção do crédito rotativo.
- Você organiza melhor os gastos ao estabelecer um limite no seu cartão.
- Pode concentrar diferentes pagamentos em um único cartão.
- Controla seu consumo, acessando seu histórico de compras.
- Não precisa carregar dinheiro quando sai de casa.
- Ganha segurança para pagar rápido e fazer compras online.
- Pode pagar por aproximação, sem precisar digitar senhas em maquininhas.
- Consegue parcelar valores maiores, sem juros embutidos.
- E ainda ganha benefícios, como cashbacks (dinheiro de volta) e programas de milhagens.
Uma opção inteligente para administrar suas compras
Está cada vez mais fácil acessar essas vantagens e solicitar um cartão de crédito sob medida para suas necessidades.
Atualmente, devido à forte concorrência no mercado, os pacotes de benefícios dos cartões estão se multiplicando, resultando na oferta de uma enormidade de produtos atraentes.
Anuidade zero, cashbacks tentadores, cartões virtuais, descontos em lojas e serviços, programas de recompensas e cartões adicionais, inclusive para crianças, são só alguns dos benefícios que você pode encontrar por aí.
Tudo está acessível na palma da mão, via os diversos aplicativos disponíveis para isso.
Independência, autonomia e controle.
Certamente, um poder ao seu alcance para aproveitar da melhor forma mais esse meio de pagamento.
Fonte: Rede Jornal Contábil .
READ MOREO consumidor desconhece a taxa de juros do cartão de crédito
Pesquisa mostra que 38% dos brasileiros já tiveram, em algum momento, o nome negativado por dívidas no cartão
Embora os juros sejam o principal temor dos usuários de cartão de crédito, 59% dos consumidores desconhecem as taxas cobradas em caso de atraso no pagamento da fatura.
O dado faz parte de estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A pesquisa mostra também que 43% usuários de cartão concordam com as novas regras do Banco Central (BC), válidas desde abril, que impedem o consumidor de permanecer no crédito rotativo por mais de 30 dias quando é pago o valor mínimo da fatura.
Para eles, as novas regras foram impostas porque os juros cobrados são abusivos.
Entre os entrevistados, 38% já ficaram, em algum momento, com o “nome sujo” por não pagar a fatura e 11% disseram estar com parcela em atraso.
A pesquisa apontou ainda que para 90% dos consumidores, o uso de cartão de crédito impõe riscos à vida financeira das pessoas. Os motivos apontados para que ele seja visto como ameaça são os juros altos (40%), o risco de clonagem (31%) e o incentivo às compras impulsivas (27%).
A pesquisa ouviu 601 consumidores nas 27 capitais do país. A margem de erro é de 4 pontos percentuais e a margem de confiança é de 95%.
O estudo mostra que 57% dos usuários não controlam de maneira adequada os gastos feitos com o cartão de crédito.
Entre as formas utilizadas para acompanhar as compras estão consultar pela internet a fatura antes do fechamento (28%); ler a fatura depois que foi fechada (15%) e fazer o controle de cabeça (13%).
Apenas 1% dos usuários disse não fazer nenhum acompanhamento. O controle total e sistemático é feito 38% dos usuários. O modelo mais comum nesses casos é a anotação no papel (21%), seguido pelo uso de planilhas (11%) e registro em aplicativo de celular (6%).
POPULARIDADE
De acordo com a pesquisa, o cartão é tão popular entre os brasileiros que 47% disseram já ter deixado de comprar em lugares que não aceitavam o crédito.
Os tipos de estabelecimentos mais citados foram bares, restaurantes e lanchonetes (38%), lojas de roupas, calçados e acessórios (37%) ou pequenos estabelecimentos que vendem alimentos e produtos para casa (27%).
O número de usuários de cartão, no entanto, caiu no último ano. Em 2016, essa modalidade de pagamento alcançava 70% dos consumidores, agora são 61%.
Na avaliação das entidades, a queda no uso de cartão se deve às exigências mais rigorosas para concessão de crédito pelas instituições financeiras em razão da crise econômica e da alta da inadimplência.
O estudo mostra que 28% dos entrevistados tentaram adquirir um cartão nos últimos três meses, dos quais 18% não conseguiram. As negativas ocorreram mais com pessoas das classes C, D e E (21%).
Entre quem não tem cartão (39%), os principais motivos são o nome estar sujo (26%), a falta de comprovação de renda (15%) ou preferência em pagar as contas à vista (13%).
A possibilidade de parcelamento foi apontada por 23% entrevistados como a principal vantagem do cartão. Para 18%, a motivação é o fato de ter um prazo para pagar. Entre 16% e 13% disseram que o principal é ter segurança de poder fazer compras mesmo quando não se tem dinheiro na conta.
O cartão também aparece como opção para momentos de emergência. Um terço (33%) disse ter usado essa forma de pagamento para lidar com imprevistos, enquanto 25% disseram que a escolha se deu para não precisar andar com dinheiro e 15% para poder comprar mais que o habitual.
Para 53% dos consumidores, o cartão é usado para compras com alto valor ou quando não conseguem pagar à vista (40%).
Os produtos mais compradas em parcela são as roupas, calçados e acessórios (60%), eletrônicos (57%), eletrodomésticos (52%) e remédios ou produtos de farmácia (46%).
Tem também os que referem essa modalidade de pagamento para acumular pontos em programas de milhagem.
Será que vale a pena sempre dar desconto em vendas a dinheiro?
Depende. Em primeiro lugar, o comerciante deve conhecer e calcular todos os custos envolvidos nas vendas realizadas em cada meio de pagamento
Foi sancionada nesta semana a lei que permite a cobrança de preços diferenciados de acordo com o meio de pagamento, uma antiga demanda do comércio.
Mas será que sempre vale a pena dar descontos para pagamentos em dinheiro? Como sempre, quando se trata de economia e negócios, a resposta é: depende.
Primeiramente, é preciso conhecer e calcular todos os custos envolvidos nas vendas realizadas em cada meio de pagamento.
Nas vendas no cartão de débito, por exemplo, além dos custos fixos com o aluguel da maquininha, o estabelecimento paga para a credenciadora um percentual sobre o valor de cada venda, chamado de taxa de desconto.
De acordo com os últimos dados do Banco Central (BC), no último trimestre de 2015 a taxa média de desconto para transações com cartão de débito era de 1,5%. A taxa, porém, varia de acordo com o perfil do estabelecimento e da credenciadora.
Nas vendas no cartão de crédito, além dos custos fixos com o aluguel da maquininha e da taxa de desconto, que é mais alta do que a do débito (2,5%, em média, de acordo com dados do BC do quarto trimestre de 2015), há o custo decorrente do maior prazo para o recebimento das vendas (30 dias, em média).
A taxa de juros representa o custo do dinheiro no tempo. Os valores que o estabelecimento recebe somente após 30 dias poderiam ser aplicados no mercado financeiro, por exemplo, rendendo juros (0,6% ao mês se considerarmos uma aplicação com retorno de 100% da Selic e imposto de renda de 22,5%).
Caso o estabelecimento opte por receber antecipadamente estes valores, em uma operação conhecida como antecipação de recebíveis, ele pagará uma taxa de juros (de 2,2% ao mês, em média, de acordo com dados de abril do BC).
Além disso, as taxas pagas pelos lojistas nas vendas parceladas sem juros costumam ser mais elevadas (cerca de 3,1% em 2015, segundo estimativas elaboradas a partir de dados do Bacen e da Abecs), bem como o prazo de recebimento.
Já as vendas pagas em dinheiro não têm custo, certo? É aí que muitos se enganam. Ao contrário do que sugere o senso comum, há pelo menos três diferentes custos relacionados às vendas em dinheiro.
O primeiro advém das perdas relacionadas a roubos e fraudes – no caso das vendas no cartão, os valores são garantidos pela administradora e depositados diretamente na conta bancária do estabelecimento.
Além disso, conforme ensina o bordão, tempo é dinheiro. Vendas pagas em dinheiro podem demandar idas ao banco para a realização de depósitos e busca de troco, ou seja, tempo que poderia ser utilizado para alavancar o faturamento do estabelecimento ou mesmo para o lazer do lojista.
Atividades como contagem, recontagem e armazenagem e itens de segurança, como cofres e transporte de valor, também geram custos que precisam ser considerados.
No mais, é preciso estar atento ao fato de que o aluguel da maquininha é um custo fixo.
Caso o estabelecimento opte por aceitar cartões, ele terá esse custo independentemente do volume de vendas realizado nos meios eletrônicos. Assim, o custo do aluguel não deve ser considerado no cálculo dos descontos.
Vale ressaltar, por fim, que, especialmente nas grandes cidades, onde é cada vez maior o volume de pagamento com cartão e o hábito de sacar dinheiro é cada vez menos frequente entre a população, não aceitar cartão pode significar perder vendas.
SIMULAÇÃO
Imaginemos uma microempresa que fature R$ 360 mil por ano (o equivalente a R$ 30 mil por mês ou cerca de R$ 7,5 mil por semana ou, ainda, R$ 1,5 mil por dia útil, considerando um mês de 20 dias úteis).
Digamos que ela pague 2% sobre cada venda no cartão de débito, 5% sobre cada venda no cartão de crédito e antecipe 100% dos recebíveis das vendas no cartão de crédito (apenas vendas em uma única parcela) a uma taxa de juros de 3%.
Além disso, suponhamos que este estabelecimento realize um terço das vendas no cartão de crédito, um terço no cartão de débito e um terço no dinheiro.
Por mês, o custo variável das vendas com cartão seria de R$ 1 mil (ou R$ 12 mil por ano, o que representa 3,3% do faturamento anual do estabelecimento).
De maneira geral, o senso comum sugeriria dar desconto de até 8% nas vendas em dinheiro e 6% nas vendas realizadas no cartão de débito.
Caso o estabelecimento passe a realizar todas as vendas no dinheiro, por exemplo, mas seja assaltado no final de um dia útil, após ter faturado R$ 1,5 mil, a perda para o estabelecimento será superior ao que seria o custo variável das vendas no cartão de um mês inteiro (R$ 1 mil).
Além disso, se tivesse sido mantido o padrão de vendas anterior (um terço em cada meio de pagamento), apenas R$ 500 em dinheiro estariam na loja para serem roubados.
Sabemos que, infelizmente, segurança pública é um dos graves problemas do país. Dependendo da localização e do histórico de assaltos do estabelecimento, alguma probabilidade de perda por roubo deveria ser considerada no cálculo dos descontos para vendas em dinheiro – e não apenas os custos diretamente relacionados às vendas no cartão.
Da mesma forma, custos decorrentes do maior fluxo de dinheiro no estabelecimento, como os associados a armazenagem e transporte de valor, também deveriam ser levados em conta.
Autor: Vitor França
Fonte: Diário do Comércio – Link: http://www.dcomercio.com.br/categoria/financas/sera_que_vale_a_pena_sempre_dar_desconto_em_vendas_a_dinheiro
READ MORECartão de crédito: nova regra ajuda consumidor economizar com juro menor
Limite do rotativo será de apenas 30 dias após a nova regra para pagamento da fatura do cartão de crédito, que entrou em vigor segunda-feira (3).
“Na prática, uma dívida com taxas de juros que atualmente podem chegar a 490% ao ano é trocada por uma com taxa média de 160%”, informa o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Limite do rotativo será de apenas 30 dias após a nova regra para pagamento da fatura do cartão de crédito
Embora a novidade venha com melhores condições para o consumidor, a entidade não deixa de alertar que controle de gastos continuará sendo a melhor saída para quem não quer se endividar com o cartão de crédito .
Após o prazo máximo de 30 dias do crédito rotativo, o consumidor poderá financiar por meio de uma linha de crédito parcelada pela operadora do cartão – obrigatoriamente – com melhores condições.
Medida
Evitar o superendividamento, reduzir os juros cobrados e a incidência de inadimplentes são os principais objetivos da medida do governo federal. De acordo com o SPC Brasil, o grau de inadimplência do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas é de 33,2%, enquanto que do parcelado é de 1,2%.
“Antes que o consumidor se surpreenda com o crescimento exponencial da sua dívida no rotativo, que cobra juros elevadíssimo, ele terá a oportunidade de parcelar essa pendência com uma taxa inferior. Como o valor final da dívida será menor do que se estivesse no rotativo, o seu pagamento poderá ser mais fácil, evitando que o consumidor tenha seu nome inserido nos cadastros de inadimplentes”, informa o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro.
De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o consumidor não deve encarar as novas regras como um incentivo ao uso desenfreado do cartão de crédito, uma vez que as altas taxas de crédito rotativo continuam a ser cobradas no primeiro mês de atraso. Sendo ainda necessário o planejamento financeiro.
Atraso inevitável
Caso o atraso ocorra mesmo com o planejamento, é importante que o consumidor não se desanime por isso e nem abra mão de escolher as melhores condições de pagamento. Segundo a economista, é recomendado que a dívida do cartão de crédito – mesmo parcelada – seja trocada pelo crédito pessoal, que além de mais barata, geralmente, é descontada de modo automático da folha de pagamento.
Fonte: IG – Economia
READ MORECaixa anuncia novas modalidades para rotativo do cartão de crédito

Os bancos estão se adequando às exigências do Conselho Monetário Nacional, que limitam o rotativo pelo período máximo de 30 dias
A Caixa Econômica Federal anunciou as novas condições para uso do rotativo do cartão de crédito, com vigência a partir de 3 de abril.
De acordo com nota divulgada pelo banco, atendendo às exigências do Conselho Monetário Nacional (CMN) que limitam o uso do rotativo pelo período máximo de 30 dias, o valor não liquidado integralmente da fatura anterior estará totalmente contido no saldo para pagamento mínimo da próxima fatura.
A Caixa manterá as opções vigentes para o pagamento da sua fatura mensal, ou seja, o valor mínimo, o valor total ou qualquer valor entre o mínimo e o total e, a partir do vencimento do dia 3/5/2017, terá ainda mais seis possibilidades de parcelamento do valor da fatura: em 4, 8, 12, 16, 20 ou 24 meses, à escolha do cliente.
As taxas incidentes nas opções de parcelamento variam de 3,30% ao mês a 9,90% ao mês.
A Caixa também oferecerá a opção do parcelamento automático do valor da fatura, que ocorrerá quando o cliente pagar qualquer valor abaixo do pagamento mínimo e diferente das seis opções de parcelamento citadas.
“A Caixa estará totalmente adequada à nova sistemática para o produto cartão de crédito. A partir do dia 3 de abril, a rede de agências e Centrais de Atendimento telefônico estarão disponíveis para dirimir eventuais dúvidas dos clientes”, afirmou o diretor executivo de Cartões da Caixa, Márcio Recalde.
Fonte: Diário do Comércio
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