Como Brasil e China buscam equilibrar suas balanças comerciais
A diferença entre as importações e exportações continuam sendo um tema recorrente na discussão sobre economia e comércio entre países. Tanto o Brasil, quanto a China enfrentam desafios nesse cenário, mas com situações bem diferentes. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Economia, as importações no Brasil apresentaram uma queda significativa de 10% no período acumulado de janeiro a maio deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo Rodrigo Giraldelli, especialista em importação da China, no ano passado, o país tinha importado R$ 23 bilhões de reais, e até agora importou R$ 20 bilhões de reais. “Estamos com dez por cento a menos de importação. Os produtos mais afetados na importação foram adubos e fertilizantes, produtos da indústria química, combustíveis, minerais, óleos, produção, destilação material, betuminoso e cereais”, explica o CEO da China Gate. consultoria pioneira sobre importação da China.
Além disso, o especialista completa um fator importante: no Brasil, a balança comercial tem sido positiva ao longo dos anos, ou seja, as exportações têm superado as importações em valores brutos. Para se ter uma ideia, em 2020, essa diferença foi de cerca de US$ 32,4 bilhões, com o país exportando US$ 209,9 bilhões para a China, e importando US$ 177,5 bilhões daquele país. Para o Rodrigo Giraldelli, essa diferença é normal e tem acontecido dessa forma ao longo dos anos, porém salienta que a maioria das exportações do Brasil são de commodities enquanto a nas importações o grande volume são de produtos industrializados, o que aponta para os grande desafios que empresários brasileiros tem ao fabricar produtos competitivos no Brasil.
Rodrigo Giraldelli argumenta que a diminuição das importações é um reflexo de vários fatores, destacando muitos empresários estarem com estoques altos nesse começo de ano decorrente das compras do ano passado e também da cautela e observação das políticas econômicas do novo governo federal. O CEO pontua que existe um crescimento sólido de 8% nas exportações. “Os números são maiores na exportação. Até o ano passado a gente já tinha exportado, até maio, R$ 37 bilhões de reais, e agora estamos com R$ 40 bilhões de reais. Ou seja, as exportações brasileiras demonstraram resiliência em face desses desafios”, explica.
Rodrigo Giraldelli acredita que apesar das dificuldades enfrentadas no cenário internacional, a economia brasileira continua a se adaptar e buscar oportunidades para crescer. Prova disso, é que o governo e o setor privado estão trabalhando em conjunto para enfrentar os desafios, buscando novos acordos de colaboração com a China para aumento do comércio com os chineses.
Por fim, o CEO da China Gate, pondera que a diferença entre as situações de Brasil e China, também se reflete na relação comercial entre os dois países. “A China é o maior parceiro comercial do Brasil, tanto em exportações quanto em importações, enquanto o Brasil representa apenas uma pequena parcela das exportações da China. Apesar das diferenças, ambos os países precisam lidar com as reações do mercado global e com novas dinâmicas comerciais decorrentes da pandemia de Covid-19. O futuro econômico do Brasil e da China depende de como cada um irá buscar alternativas para equilibrar suas balanças comerciais e continuar a crescer em um cenário mundial desafiador”.
Por Rodrigo Giraldelli, da China Gate, formado em Administração de Empresas e Economia, o paranaense Rodrigo Giraldelli é um dos pioneiros na importação de produtos da China para o Brasil.
Fonte: Como Brasil e China buscam equilibrar suas balanças comerciais
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A diferença entre as importações e exportações continuam sendo um tema recorrente na discussão sobre economia e comércio entre países. Tanto o Brasil, quanto a China enfrentam desafios nesse cenário, mas com situações bem diferentes. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Economia, as importações no Brasil apresentaram uma queda significativa de 10% no período acumulado de janeiro a maio deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo Rodrigo Giraldelli, especialista em importação da China, no ano passado, o país tinha importado R$ 23 bilhões de reais, e até agora importou R$ 20 bilhões de reais. “Estamos com dez por cento a menos de importação. Os produtos mais afetados na importação foram adubos e fertilizantes, produtos da indústria química, combustíveis, minerais, óleos, produção, destilação material, betuminoso e cereais”, explica o CEO da China Gate. consultoria pioneira sobre importação da China.
Além disso, o especialista completa um fator importante: no Brasil, a balança comercial tem sido positiva ao longo dos anos, ou seja, as exportações têm superado as importações em valores brutos. Para se ter uma ideia, em 2020, essa diferença foi de cerca de US$ 32,4 bilhões, com o país exportando US$ 209,9 bilhões para a China, e importando US$ 177,5 bilhões daquele país. Para o Rodrigo Giraldelli, essa diferença é normal e tem acontecido dessa forma ao longo dos anos, porém salienta que a maioria das exportações do Brasil são de commodities enquanto a nas importações o grande volume são de produtos industrializados, o que aponta para os grande desafios que empresários brasileiros tem ao fabricar produtos competitivos no Brasil.
Rodrigo Giraldelli argumenta que a diminuição das importações é um reflexo de vários fatores, destacando muitos empresários estarem com estoques altos nesse começo de ano decorrente das compras do ano passado e também da cautela e observação das políticas econômicas do novo governo federal. O CEO pontua que existe um crescimento sólido de 8% nas exportações. “Os números são maiores na exportação. Até o ano passado a gente já tinha exportado, até maio, R$ 37 bilhões de reais, e agora estamos com R$ 40 bilhões de reais. Ou seja, as exportações brasileiras demonstraram resiliência em face desses desafios”, explica.
Rodrigo Giraldelli acredita que apesar das dificuldades enfrentadas no cenário internacional, a economia brasileira continua a se adaptar e buscar oportunidades para crescer. Prova disso, é que o governo e o setor privado estão trabalhando em conjunto para enfrentar os desafios, buscando novos acordos de colaboração com a China para aumento do comércio com os chineses.
Por fim, o CEO da China Gate, pondera que a diferença entre as situações de Brasil e China, também se reflete na relação comercial entre os dois países. “A China é o maior parceiro comercial do Brasil, tanto em exportações quanto em importações, enquanto o Brasil representa apenas uma pequena parcela das exportações da China. Apesar das diferenças, ambos os países precisam lidar com as reações do mercado global e com novas dinâmicas comerciais decorrentes da pandemia de Covid-19. O futuro econômico do Brasil e da China depende de como cada um irá buscar alternativas para equilibrar suas balanças comerciais e continuar a crescer em um cenário mundial desafiador”.
Por Rodrigo Giraldelli, da China Gate, formado em Administração de Empresas e Economia, o paranaense Rodrigo Giraldelli é um dos pioneiros na importação de produtos da China para o Brasil.
Fonte: Como Brasil e China buscam equilibrar suas balanças comerciais
READ MOREReforma Tributária não é sinônimo de menos impostos
Yvon Gaillard esclarece sobre a Reforma Tributária e os impostos cobrados no Brasil.
Quando o assunto são tributos, há menos pessoas que realmente conhecem do tema do que bilionários no mundo – e olha que só existem 2.668, segundo o último ranking da Forbes. Na verdade, se alguém disser que conhece tudo sobre tributos, saia de perto dessa pessoa, pois ela está mentindo. Isso faz com que praticamente todo mundo, ao escutar algo sobre esse assunto, logo assimile a reforma tributária a pagar menos impostos, o que definitivamente não é verdade. Esse é um primeiro paradigma importante a ser quebrado.
Mas como convencer uma sociedade sofrida, como a brasileira, de que talvez vá pagar mais tributos com um sistema tributário mais simples? Pior ainda, como convencer uma classe média, já extremamente abalada, mais perto da base da pirâmide do que do topo e extremamente dividida politicamente de que ela vai pagar mais caro pelos serviços que utiliza, como plano de saúde e educação privada?
O que fazer com os municípios ou estados menos populosos que, por alguns motivos – posição geográfica, incentivos fiscais, características populacionais/educacionais, entre outros –, são altamente industrializados e que, em um novo modelo tributário sobre consumo, vão perder receita?
E a Zona Franca de Manaus, uma área no meio da floresta amazônica que se industrializou há décadas por conta de incentivos fiscais? Como encaixar isso em uma nova realidade global de preservação ambiental? E todos os benefícios fiscais e regimes especiais que a União, estados e municípios tiveram que conceder para atrair empresas? O que fazer?
São questionamentos que sempre aparecem e para os quais alguns poucos até têm as respostas. Mas, com certeza, elas não agradam a todos e têm um custo muito elevado ao longo do tempo. Além disso, contam com uma premissa, uma eficiência mínima do poder público – o que, convenhamos, é muito mais difícil de acontecer do que a própria reforma tributária em si.
Será que os tributos sobre consumo são o único problema (não são!)? Devemos começar com eles? Com parte deles? E os tributos sobre a folha? Renda? Patrimônio? Por esse e vários outros motivos, essa reforma tributária tão esperada pelo Brasil, e principalmente pelo empresariado brasileiro, ainda não aconteceu.
O novo governo tenta uma estratégia no mínimo perigosa, de que uma reforma tributária, que, na verdade, ainda nem se sabe direito qual será, vai ajudar o Brasil a voltar a crescer. Foi até chamada pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, como a bala de prata do governo para destravar a economia. É claro que a reforma tributária vai ajudar a “dinâmica” da economia brasileira, mas colocá-la como motor de um crescimento é, no mínimo, leviano.
O crescimento econômico depende de uma série de variáveis. Entre elas, cito duas importantes: uma política fiscal superavitária e uma taxa de juros competitiva, que seja capaz de incentivar o investimento. Aqui começa a fazer sentido para mim o discurso do novo governo de que uma reforma tributária no Brasil vai “promover” um crescimento econômico.
Lembra quando menciono acima que uma reforma tributária não corresponde a uma redução de tributos? Na verdade, o que me parece é que o governo pretende arrecadar mais com ela, pois não vai querer gastar menos do que o anterior. Assim, de fato, arrecadando mais, proporcionalmente poderia gastar mais e ainda gerar superávit – o que o governo anterior conseguiu nos últimos dois anos.
Com superávit nas contas públicas, há uma série de impactos positivos, como potencial menor índice de inflação, maior fluxo de investimento estrangeiro, entre outros. Pontos extremamente relevantes para se proporcionar uma taxa de juros mais competitiva, incentivando ainda mais investimentos e o consumo das pessoas, o que são, sim, variáveis que impulsionam o crescimento econômico.
Portanto, a bala de prata não é para matar o vampiro da recessão brasileira diretamente. Na verdade, é para atingir a fechadura tributária da janela dos gastos públicos brasileiros, fazendo com que os raios de sol do superávit e da taxa de juros baixa transformem o vampiro da recessão em pó. É uma estratégia razoável, contada de um jeito diferente. Mas será que a população fragilizada e nossa classe média conservadora vão querer pagar por isso? Fica o questionamento.
Por: Yvon Gaillard, cofundador e CEO da Dootax. Com mais de 15 anos de atuação no mercado, Yvon é um dos principais personagens na revolução do sistema fiscal do país. Economista formado pela FAAP e com MBA pela Business School São Paulo, liderou projetos em empresas como Gol Linhas Aéreas e Thomson Reuters.
Fonte: Reforma Tributária não é sinônimo de menos impostos
READ MOREConfira a prévia oficial da inflação de junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou alta de preços de 0,04% em junho deste ano. A taxa é inferior a 0,51% de maio deste ano e 0,69% de junho do ano passado.
De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula taxa de 3,16% no ano e 1,12% no segundo trimestre (IPCA-E). Em 12 meses, a taxa acumulada é de 3,40%, abaixo dos 4,07% acumulados até maio.
O principal responsável pela alta de preços na prévia de junho é o grupo de despesas habitação (0,96%). O resultado foi influenciado por reajustes nas taxas de água e esgoto em quatro capitais, o que provocou um aumento médio de 3,64% no país, e de tarifa de energia elétrica residencial também em quatro capitais, o que resultou em uma alta média de 1,45%.
Outros cinco grupos tiveram alta de preços, entre eles vestuário (0,79%). Os três grupos que registraram deflação (queda de preços) foram transportes (-0,55%), alimentação e bebidas (-0,51%) e artigos de residência (-0,01%).
Em transportes, a deflação foi puxada pelos combustíveis (-3,75%): gasolina (-3,40%), óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Já a queda de preços dos alimentos foi influenciada pelo óleo de soja (-8,95%), frutas (-4,39%), leite longa vida (-1,44%) e carnes (-1,13%).
Original de Agência Brasil
Mercado aumentou a projeção de crescimento da economia
O mercado financeiro está mais otimista com relação à economia do país. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto – PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país – aumentou de 2,14% para 2,18%, entre a semana passada e esta.
Há quatro semanas, a previsão era de crescimento de 1,26%. O resultado mantém uma sequência de sete semanas de alta nas expectativas. O boletim Focus apresenta semanalmente as projeções para os principais indicadores econômicos do país.
Para o ano de 2024, a expectativa é de crescimento de 1,22% do PIB. Há uma semana, o mercado previa crescimento de 1,2%. Para os anos subsequentes (2025 e 2026), o mercado projeta altas de 1,83% e de 1,92%, respectivamente.
Inflação
O mercado está mais otimista também com relação à inflação oficial do país, com queda nos índices esperados para 2023 e 2024. Para o ano corrente, as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,12 (estimativa divulgada na semana passada) para 5,06, conforme divulgado no boletim desta semana.
Apesar de as expectativas estarem melhores do que as divulgadas há uma semana, as projeções ainda estão acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
A expectativa de inflação para 2024 caiu de 4% para 3,98%, entre a semana passada e esta semana; e se manteve estável (3,8%) em 2025. Para 2026, espera-se uma inflação de 3,72%.
Juros e câmbio
Com relação à taxa básica de juros (Selic), principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação, as expectativas do mercado financeiro se mantém estável, em 12,25% para 2023; em 9,5% para 2024; e em 9% e 8,75% para 2025 e 2026, respectivamente.
Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, conforme definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto de 2022, e é a maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.
A previsão do mercado para a para a cotação do dólar se manteve estável na comparação com a semana passada – em R$ 5 para o final de 2023; e em R$ 5,10 para 2024.
Original de Agência Brasil
Carnaval 2023: Folia deve movimentar R$ 8,2 bilhões na economia brasileira
No próximo dia 18, além dos foliões, os setores de comércio e turismo aguardam com otimismo a chegada do Carnaval, que deverá deixar para a economia mais de 8 bilhões de reais.
O carnaval é considerado o Natal do turismo brasileiro, a alegria não é só dos foliões que vão curtir a festa mas também de quem fatura com a data.
A Confederação Nacional do Turismo, espera que o carnaval movimente mais de 8 bilhões de reais, esse valor é quase 27% maior que o mesmo período do ano passado.
Crescimento sustentado pelo setor de serviços
O Brasil tem crescido aos poucos, mas é um crescimento sustentado pelo setor de serviços por isso essa projeção ainda é 3,3% abaixo do registrado em 2020, o último ano antes da pandemia da covid-19.
Neste ano não haverá barreira sanitária, ao contrário dos últimos carnavais, em 2021 o carnaval foi cancelado, já em 2022 foi parcialmente cancelado adiado.
Embora a pandemia não ter acabado, a circulação de consumidores de um modo geral se normalizou, além do endividamento das famílias e dos juros altos, alguns serviços essenciais para o turismo aumentaram bem mais que a inflação no ano passado.
As passagens aéreas tiveram a maior alta, 23,53%. As hospedagens subiram 18,21% enquanto os pacotes turísticos subiram 17,16%.
Transporte e alimentação são os principais serviços que impulsionam a expectativa para o Carnaval deste ano, esses dois segmentos respondem por quase 75% de todo o volume financeiro que a data deve gerar para as empresas que atendem o turismo aqui no país.
Esse setor atende não só o estrangeiro ou turista, mas também residentes.
Empregos durante o carnaval
Mesmo com o custo maior o setor de turismo deve gerar cerca de 24.600 vagas temporárias em todo o país, concentradas em restaurantes empresas de transporte e de limpeza.
Contudo, são 9 mil postos a mais do que na última folia em 2022, um montante menor do que as 26 mil vagas que foram criadas no carnaval de 2020, porém em 2022 foram 15 mil vagas.
Segundo a CNC São Paulo aparece em primeiro lugar entre os estados que mais devem gerar receita durante o feriado de Carnaval, depois vem Rio de Janeiro e as regiões do nordeste do país.
O maior número de contratações temporárias registradas nos últimos anos, ocorreu durante o carnaval em 2014, quando a proximidade com a copa do mundo estimulou a contratação de 55 mil pessoas.
Fonte: Jornal Contábil .
READ MOREEconomia reduz estimativa oficial de inflação, Confira!
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a projeção para o crescimento da economia este ano e reduziu a estimativa oficial para a inflação. As projeções estão no Boletim Macrofiscal divulgado hoje (17).
A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 6,3% para 5,85%. Mas ainda está acima da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%.
No ano, o IPCA já acumula alta de 4,7% e, em 12 meses, o índice total está em 6,47%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário mínimo e corrigir aposentadorias, deverá encerrar este ano com variação de 6%, segundo a previsão da SPE, queda de 0,54 ponto percentual em relação ao boletim anterior. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui também o setor atacadista e o custo da construção civil, além do consumidor final, é de 6,11%, abaixo da estimativa anterior de 9,44% e inferior à taxa registrada em 2021, de 17,74%.
PIB
A estimativa para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) ficou em 2,7%, mesmo número divulgado no boletim anterior, em setembro. Segundo a SPE, o desempenho do emprego, do setor de serviços e da taxa de investimento justificaram a manutenção.
“Conforme salientado nos boletins anteriores, já era esperada desaceleração da atividade econômica no segundo semestre deste ano, resultado dos efeitos defasados do ciclo de ajuste da política monetária [aumento de juros pelo Banco Central]. No entanto, projeta-se que os impactos advindos da elevação da taxa de juros se reduzam ao longo do próximo ano”, informou a SPE.
Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Apesar de manter a estimativa para 2022, a SPE reduziu a previsão de crescimento em 2023 de 2,5% para 2,1%. Segundo o órgão, o cenário externo mais adverso, com a alta dos juros da economia norte-americana e a guerra na Ucrânia, afeta a expansão econômica no resto do mundo. A projeção para 2024 foi mantida em 2,5%.
De acordo com o Ministério da Economia, houve expansão no mercado de trabalho, com a taxa de desocupação caindo para 8,7% no terceiro trimestre, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o IBGE, os indicadores do setor de serviços tiveram expansão anualizada de 3,2% de julho a setembro.
Perspectivas
Apesar de reconhecer a desaceleração da economia no terceiro trimestre, a SPE espera que a recuperação econômica se mantenha no quarto trimestre, puxada pelos serviços e pela estabilidade na agropecuária. Segundo o órgão, os efeitos do aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) pelo Banco Central são os principais responsáveis pela queda no ritmo de crescimento.
“Após a forte recuperação até o 2T22 [segundo trimestre], a atividade econômica desacelerou ao longo do terceiro trimestre de 2022, decorrente sobretudo do desempenho da indústria e do comércio. Dados mensais dos indicadores antecedentes e coincidentes sinalizam a continuidade da recuperação da economia no quarto trimestre, embora em ritmo menos intenso, devido, em grande medida, aos efeitos defasados da política monetária, conforme sinalizado nos boletins anteriores”, destaca o boletim.
Original de Agência Brasil
Economia brasileira cresce 1% no primeiro trimestre, diz IBGE
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. O dado foi divulgado hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,2 trilhões, em valores correntes, no primeiro trimestre do ano.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a economia do país cresceu 1,7%. Os dados também mostram um crescimento de 4,7% no acumulado de 12 meses.
Setores
O setor de serviços impulsionou o crescimento do primeiro trimestre deste ano, na comparação com o quarto trimestre de 2021. O setor cresceu 1%. A indústria teve variação de 0,1%. A agropecuária recuou 0,9% no período.
Sob a ótica da demanda, a alta do PIB no período foi puxada pelo consumo das famílias, que subiu 0,7%. O consumo do governo variou 0,7%, enquanto que a formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,5%.
No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5%, enquanto as importações caíram 4,6%.
Matéria alterada às 9h12 para acréscimo de informações.
Original de Agência Brasil
READ MOREComo o mercado observa os índices de inadimplência no país?
Nos aproximamos do fim do primeiro semestre e o ambiente de negócios brasileiro segue em um misto de expectativas positivas, mas também de incertezas que, no conjunto, demandam parcimônia na leitura sobre os rumos da recuperação econômica do país.
De um lado, o crescimento do PIB em 1,2% – índice acima do que vinha sendo esperado pelo mercado e que coloca a economia brasileira nos patamares de pré-pandemia do 4º trimestre de 2019 em termos de volume –, aliado a variantes como o avanço da vacinação no país (cuja primeira dose chegou a cerca de 22,8% da população) são pontos que trazem mais otimismo para o empresariado brasileiro.
Não à toa, após meses de queda, o Índice de Confiança do Empresário, medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), voltou a crescer, atingindo 97,7 pontos – sua maior alta desde março de 2014.
Tal otimismo também se refletiu em outras áreas. Considerando o período entre abril e maio deste ano, no comércio, o Índice de Confiança do Comércio se elevou em 9,8 pontos.
Já no setor de serviços, a alta foi de 6,4%, maior patamar desde fevereiro de 2020.
Na maior parte do setor industrial, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial foi positivo em 28 dos 30 segmentos industriais brasileiros.
Em contrapartida, o risco de uma terceira onda da Covid-19 ao longo das próximas semanas, somado a uma taxa de desemprego acima de 14 milhões brasileiros e um crescimento da inflamação média que refreiam as possibilidades de consumo da população, deixa – e com razão – o sinal de alerta aceso no mercado.
Vale ressaltar que uma possível terceira onda pode motivar um novo endurecimento das medidas restritivas adotadas pelos governos.
Uma análise sobre os impactos da inadimplência
Todo este cenário, por sua vez, aumenta a imprevisibilidade dentro do contexto da inadimplência e do endividamento das famílias e das empresas no país.
Analisando dados recentes, tivemos um aumento da inadimplência no plano empresarial (que subiu 0,5% em abril e atingiu 5,9 milhões de empresas, conforme levantamento da Serasa Experian) e no endividamento das famílias (que chegou a 67,5% em abril do ano passado, igualando ao recorde de agosto de 2020, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC).

Muito embora o efeito desse endividamento não tenha acarretado um crescimento dos índices de inadimplência das pessoas físicas, o percentual de famílias com dívidas em atraso caiu pelo oitavo mês consecutivo, conforme índice de abril da CNC.
É importante acrescentarmos nesta análise a questão da tomada de crédito, que pode trazer impactos na equação da inadimplência geral.
Analisando dados divulgados pelo Banco Central no fim de maio, temos um cenário em que o crédito ampliado a empresas somou R$4,3 trilhões (56,2% do PIB em abril), o que representa um crescimento de 7,7% no período de 12 meses (abril de 2020 até abril de 2021).
Em relação à pessoa física, o crédito ampliado às famílias totalizou R$2,5 trilhões, com alta de 13,8% no período de 12 meses.
Dentro deste cenário, precisamos considerar ainda o perfil do tomador de crédito no país, uma vez que, por exemplo, empresas/pessoas já endividadas que buscam o crédito aumentam o risco sistêmico de inadimplência no mercado.
É necessário, também, entender melhor o perfil dos novos clientes do sistema financeiro e, por fim, o potencial geral de pagamento das famílias e empresas diante dos avanços ou retrocessos na economia brasileira.
Dito isso, duas possibilidades parecem mais claras no âmbito da inadimplência: havendo um avanço no combate da pandemia, os efeitos negativos da inadimplência encontrarão acomodação nos patamares atuais, com perspectivas de melhora no médio prazo devido a consequente manutenção de medidas menos restritivas e a continuidade do crescimento econômico do Brasil.
Por outro lado, se forem adotadas novas restrições econômicas pelos governadores e prefeitos que desacelerem a recuperação do país, a tendência é a de que tenhamos impactos negativos também sobre a inadimplência, os quais podem desembocar, em maior ou menor grau, no setor bancário e na recuperação da indústria, comércio e no setor de serviços.
Com todos estes elementos em vista, o que se pode afirmar é que ainda vivemos um momento que exige parcimônia – em que pese a melhora do PIB e do ânimo do mercado.
Por: Pedro Bono, CEO e cofundador na Receiv, sistema de cobrança inteligente. É Doutor pela FGV e professor de gestão de risco de crédito nas melhores escolas de negócio do país.
Fonte: Receiv
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