Como Lidar com as Gerações Y e Z no Trabalho

As gerações Y e Z são dois dos grupos mais incompreendidos na sociedade atual. Eles são frequentemente rotulados como intitulados, preguiçosos e viciados em tecnologia. No entanto, há mais nessas gerações do que aparenta.

Se você quiser entender e se conectar com eles, aqui estão algumas dicas:

Tomaz Silva/Agência Brasil

  1. Conheça-os. Passe algum tempo conversando com eles e conhecendo seus interesses, valores e crenças. Isso ajudará você a encontrar um terreno comum e construir um relacionamento.
  2. Respeite as opiniões deles. Mesmo que você não concorde com tudo é importante respeitar o direito deles de ter uma opinião. Isso fará com que eles se sintam valorizados e ouvidos.
  3. Tenha a mente aberta. Essas gerações são conhecidas por serem mais tolerantes com as escolhas e crenças de outras pessoas. Portanto, esteja preparado para aceitar os pontos de vista diferentes.
  4. Mantenha as coisas novas e empolgantes. O tédio é o inimigo das gerações Y e Z. Para manter a atenção deles, misture sua rotina, experimente coisas novas e mantenha as coisas interessantes.

Convivendo com o a Geração Y

Há algumas coisas importantes a serem lembradas quando se trata de gerenciar trabalhadores da Geração Y.

Primeiro, essa geração é conhecida por ser extremamente independente e engenhosa. Como tal, eles tendem a funcionar melhor quando recebem objetivos claros e são deixados por conta própria.

A microgestão só levará à frustração de ambos os lados. Além disso, certifique-se de fornecer feedback oportuno para que eles possam permanecer no caminho certo.

A geração Y anseia por feedback e reconhecimento constantes por seus esforços.

Finalmente, não se esqueça de aproveitar a criatividade deles; muitas vezes eles conseguem criar ideias novas e inovadoras que podem ajudar seu negócio a ter sucesso.

Convivendo com a Geração Z

A geração Z, ou aqueles nascidos entre 1995 e 2010, estão amadurecendo e entrando na força de trabalho.

Como a geração mais conectada e experiente em tecnologia, eles trazem um conjunto único de habilidades e expectativas para o local de trabalho.

Veja estão algumas dicas sobre como lidar com a Geração Z no trabalho:

Incentive a comunicação aberta: Esta geração está acostumada a ser capaz de alcançar qualquer pessoa, a qualquer momento, graças à tecnologia. Crie um ambiente aberto e inclusivo onde eles se sintam à vontade para comunicar suas ideias.

Promova um espírito colaborativo: a Geração Z cresceu trabalhando em ambientes de equipe, seja em projetos escolares ou atividades extracurriculares.

Encontre maneiras de incorporar o trabalho em equipe.

Faça uso de seu conhecimento técnico: a afinidade natural da geração Z com a tecnologia incorporando ferramentas e plataformas digitais em seus negócios.

Você também pode aproveitar suas habilidades de mídia social fazendo com que eles ajudem com campanhas de marketing ou iniciativas de divulgação de clientes.

Modelos de Profissionais para a gestão de profissionais Y e Z

Como alguém que gerencia uma equipe de funcionários da Geração Y e Z, posso atestar o fato de que esses dois grupos exigem abordagens diferentes quando se trata de gerenciamento.

Para a geração Y, acho que eles respondem bem a um estilo de gerenciamento mais prático. Eles precisam de prazos e expectativas claros e apreciam o feedback (positivo e negativo) para se manterem no caminho certo. O microgerenciamento geralmente é necessário com esse grupo, pelo menos no início, até que eles aprendam a confiar em seu gerente e assumir mais responsabilidade sobre seu trabalho.

A geração Z, por outro lado, requer uma abordagem um pouco mais prática. Eles são trabalhadores muito independentes que preferem ter liberdade dentro de seus projetos.

Esses funcionários apreciam os gerentes que dão um passo atrás e permitem que eles mostrem do que são capazes.

Ricardo de Freitas – Com dados da Rede Jornal Contábil

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Carreira Profissional – uma conversa sobre malas, ânimos e molas

Se as vidas não editadas pudessem testemunhar a razão de seu sucesso diriam que foi por terem tido 90% transpiração e 10% inspiração, nas coisas em que se meteram a fazer

Uma das experiências mais ricas que tive em minha carreira profissional foi a de ser gerente de Capital Humano, numa grande corporação nacional, mais especificamente de sua área de TI, com 4.200 funcionários. Durante minha estada à frente daquela área, pude acompanhar de perto a carreira de mais de 1.000 trainees, que ali ingressaram, no período entre 2011 e 2016.

 

Muitos procuravam-me pedindo dicas de ascensão profissional, orientação no trabalho, ou, para um simples desabafo da adaptação. Para todos, eu tinha alguns “conselhos”. Aí estão:

 

Desfaça as malas emocionais – Diga para si mesmo: “Eu vim para ficar. Aqui é o meu melhor lugar, no momento, para eu estar”.

Essa postura faz toda a diferença. Não ficar de malas feitas é deixar de viver na provisoriedade de uma partida iminente, viver suspirando pela carreira do outro, pela empresa do outro, pela vida do outro. Desfazer as malas emocionais é permitir-se gostar dos novos amigos, da cidade, da empresa e sua cultura organizacional que nela ingressou. E, porque não dizer, gostar de onde já chegou, fruto do esforço que empregou. É prestar atenção de como está sentindo o trabalho, no lugar de ficar esperando que numa lâmpada mágica apareça o sentido do trabalho. Pensar sobre o pensado, prestar atenção ao que de legal faz e do impacto do seu feito sobre o todo, mesmo que seja o carimbar de uma pilha de papeis, faz toda a diferença para um bom desfazer das malas.

Cultive o ânimo – O segundo conselho é até bíblico: “Tende bom ânimo”. Ora, se até Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas que era preciso coragem e ânimo para enfrentá-los. Como achar que a vida corporativa será uma valsa? Nada disso. É pedreira.

É dormir tarde e acordar cedo. É suor. Aliás, aliás, se as vidas não editadas pudessem testemunhar a razão de seu sucesso diriam que foi por terem tido 90% transpiração e 10% inspiração, nas coisas em que se meteram a fazer. Na vida, não há almoço grátis. Tem que ralar, suar, acordar cedo, esforçar-se. Superar-se e para isso precisa-se da chama do ânimo, e todo o dia. E de um ânimo alimentado por nós mesmos. Não se pode terceirizar nosso ânimo.

Para o gestor, para a política da empresa, para o colega de estação de trabalho. Nem tampouco para o próprio trabalho. Ânimo é determinação, chama interior, coragem, vontade de ser e fazer melhor, ânimo é pulsão de vida. Mais sabemos dele pelo seu antônimo, o desânimo. Esse é fácil e perceber no outro e em nós mesmos. Etimologicamente, a palavra “ânimo” deriva do latim: animus, que significa “alma”, “coragem” ou “mente”. Que tem sua raiz em ANE, que significa respirar. Então, no limite, ter ânimo é continuar respirando, mesmo quando todos ao seu lado já desistiram, e estão desanimados. Contudo, o ânimo é um estado de espírito muito frágil, precisa ser bem cultivado, protegido e estimulado.

Entende? Tem muita gente ao seu redor que vai roubar-lhe o ânimo, cuidado para não se infecionar pelo desânimo deles. Use os anticorpos emocionais da esperança, otimismo, misericórdia e compaixão para lidar com eles, sem excluí-los de teu redor, querendo viver numa bolha. Mas, sem deixar que eles retirem de ti seu fulgor. Cuidar de teu ânimo é uma tarefa tua, não a delegue. Justificar o desânimo pelo impacto dos outros em nós mesmos, é só uma forma de dizer que estamos nos tornando como eles. E saindo do jogo antes do minuto final.

Desenvolva Molas Comportamentais – Gosto de ver as molas em ação, na suspensão de um veículo, por exemplo. Quanto mais tranco elas levam, melhor desempenham seu papel. E, quando cessa o estresse, elas voltam à sua posição de origem. Criaram uma palavra para isso, chamada de resiliência. Prefiro chamá-la de molas comportamentais. Que nos dão ginga, flexibilidade, que nos fazem contorcionistas para sair de situações difíceis. Que nos fazem surfar na onda da mudança. E ver nas incertezas, possibilidades.

E nos limites, paciência para equacioná-los, ou para racionalmente lidar com eles. Fazer meditação, cultivar momentos de paz e oração, cantar, dançar, pedalar, caminhar, celebrar, desenvolver senso de gratidão, nutrir amizades, valorizar a família, ter hobbies, praticar esportes, participar de algum grupo social para se doar, são espaços de renovação de nossas molas comportamentais. São lugares que atuam nelas como o malho atua sobre o ferro em brasa, dando-lhe mais fortaleza. Paradoxalmente, o segredo de manter as molas funcionando direito passa por algum, ou mais de algum dos itens acima, muito mais do que pelo nosso próprio esforço.

Muitos desses trainees ainda se comunicam comigo. E, em nossas conversas, eles me dizem que ainda usam as três dicas: de desfazer as malas emocionais, de zelar com responsabilidade pelo ânimo deles e de cuidar em renovar as molas para que não se enrijeçam com o dia a dia. E que essas dicas de carreira ainda fazem toda a diferença nas suas vidas profissionais e até pessoais.

Que bom!

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