Brasileiro volta a empreender motivado por oportunidade

Pesquisa mostra que 75% das pessoas que levantam informações para abrir uma empresa enxergam o potencial do mercado e não fazem isso só por necessidade

Vislumbrar uma oportunidade voltou a ser comum entre os que se preparam para abrir um negócio.

De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2016, apoiada pelo Sebrae e realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), 75% dos empreendedores nascentes – aqueles que estão envolvidos na abertura de uma empresa – buscaram esse caminho porque encontraram um nicho.

No ano anterior, metade das pessoas com empresas recentes investiu no próprio negócio por causa da necessidade.

O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, destaca que essa mudança no perfil dos novos empreendedores pode revelar um início de reação positiva da economia.

“Um país vai se desenvolver no futuro se tiver pessoas querendo empreender hoje. O aumento do empreendedorismo por oportunidade demonstra uma luz no fim do túnel, é o início da volta do crescimento econômico”.

Apesar do empreendedorismo por oportunidade fazer parte do universo de quem quer abrir um negócio nos próximos meses, a pesquisa GEM revelou que houve uma pequena queda da taxa de empreendedorismo do brasileiro no ano passado, caindo de 39% em 2015 (a maior da série histórica) para 36%, em 2016.

Essa diminuição tem como um dos seus principais motivadores a queda no número dos empreendedores já estabelecidos, ou seja, aqueles que já tinham uma empresa há mais de três anos e meio.

“As dificuldades econômicas passadas nos últimos anos fizeram com que muitas empresas fechassem as portas, por isso, houve essa diminuição na taxa total de empreendedorismo. Acreditamos que com a inflação estabilizada, a queda dos juros e o aquecimento da economia, o brasileiro volte a sonhar mais com o empreendedorismo”, ressalta Afif.

A pesquisa também constatou que as mulheres já correspondem a 51% dos empreendedores iniciais, e que está aumentando o número de pessoas com mais de 55 anos que se aventuram no mundo dos negócios.

De acordo com o estudo, em 2012, 7% dos empreendedores iniciais tinham mais de 55 anos. Em 2016, esse número saltou para 10%. Já entre a participação dos brasileiros empreendedores que têm entre 18 e 24 anos, passou de 18%, em 2012, para 20%, em 2016.

A PESQUISA

A pesquisa GEM é parte do projeto Global Entrepreneurship Monitor, iniciado em 1999 com uma parceria entre a London Business School e o Babson College, abrangendo dez países no primeiro ano.

Em 2016, participaram 66 países, cobrindo 70% da população global e 83% do PIB mundial. No Brasil, a pesquisa é feita desde 2000, e no ano passado foram entrevistados 2 mil adultos entre 18 e 64 anos de todas as regiões do país e 93 especialistas em empreendedorismo.

 

Fonte: Diário do Comércio – Link: http://www.dcomercio.com.br/categoria/negocios/brasileiro_volta_a_empreender_motivado_por_oportunidade

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Programa de Regularização Tributária (PRT) é oportunidade para retomada de negócios

O PRT estabeleceu condições especiais para pagamento de dívidas de empresas e pessoas físicas

Com os objetivos de reduzir litígios tributários e promover a regularização fiscal, o Governo Federal lançou, por meio da Medida Provisória 766, de 2017, o Programa de Regularização Tributária (PRT), por meio do qual poderão ser liquidadas, sob condições especiais, quaisquer dívidas para com a Fazenda Nacional, vencidas até 30 de novembro de 2016.

A regularização pode ser feita por uma das seguintes formas:

1 – Parcelamento da dívida até 120 prestações, com parcelas menores nos 3 primeiros anos (0,5% da dívida em 2017; 0,6% em 2018; 0,7% em 2019 e 0,93% nos 84 meses finais) – permite um menor comprometimento financeiro nesse período de crise, além de duplicar o prazo atual para parcelamento de dívidas, de 60 para 120 meses.

2 – Pagamento à vista e em espécie de 20% da dívida e parcelamento do restante em até 96 prestações mensais e sucessivas.

3 – Quitação de até 80% da dívida com eventuais créditos que possua junto à Receita Federal, desde que haja o pagamento de 20% da dívida à vista e em espécie. Alternativamente, os créditos poderão ser utilizados para quitar até 76% da dívida, podendo os 24% restantes ser parcelados em 24 meses. Essa possibilidade de utilização de créditos está livre de várias das atuais barreiras existentes na compensação. É possível, por exemplo, compensar débitos previdenciários com créditos relativos a prejuízos fiscais ou bases de cálculo negativa da CSLL, ou ainda com outros créditos próprios, relativos a tributos administrados pela Receita Federal.

Um outro benefício existente no programa é a possibilidade de parcelar débitos que não podem ser parcelados no parcelamento convencional. É possível, por exemplo, parcelar débitos relativos a tributos passíveis de retenção na fonte, retidos e não recolhidos.

O prazo para opção vai de 1º de fevereiro a 31 de maio de 2017. O contribuinte que já estiver em outros programas de refinanciamento poderá, à sua opção, continuar naqueles programas e aderir ao PRT, ou ainda migrar os débitos dos outros programas para o PRT.

No PRT o Governo teve a preocupação de não ser injusto com quem está com suas obrigações tributárias em dia, por isso não há no programa reduções de multas ou juros.

Mais informações sobre o programa podem ser consultadas aqui ou na Instrução Normativa RFB nº 1.687, de 31 de janeiro de 2017, que regulamentou o programa no âmbito da Receita Federal.

Por fim, é importante destacar que os débitos inscritos em Dívida Ativa da União deverão ser negociados conforme disciplinado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), mediante a Portaria PGFN nº 152, de 02 de fevereiro de 2017.

Fonte: receita.fazenda.gov.br

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