Má conduta nas redes sociais pode determinar demissão por justa causa?
Não há como negar que as redes sociais mudaram a maneira de viver em todo o mundo. Da vida pessoal à vida profissional quase que a grande maioria posta uma frase, uma foto e até um vídeo contando sobre sua rotina.
Mas é preciso muito cuidado ao se pronunciar em público. Isso porque pode transformar para pior as relações trabalhistas. A discussão sobre a liberdade de expressão nas redes e as demissões por justa causa vêm sendo pauta recorrente nos tribunais.
Fique sabendo que até mesmo uma simples curtida pode prejudicar a vida de um trabalhador. Neste sentido, será que cabe uma demissão por justa causa? Acompanhe!
Rede Social e o ambiente de trabalho
A fim de exemplificar a gravidade do que se posta nas redes sociais, vamos citar um caso que foi julgado no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas), em São Paulo, em junho passado. O funcionário curtiu no Facebook comentários feitos por outra pessoa, considerados ofensivos à empresa em que trabalhava e a um dos sócios, motivou uma demissão por justa causa.
De acordo com o TRT15, “a prática caracteriza ato lesivo à honra e boa fama contra o empregador, o que configura a justa causa conforme a letra k do artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”.
Segundo a sentença da juíza, em seu parecer, ela afirma que a liberdade de expressão não permite ao empregado travar conversas públicas em rede social ofendendo a sócia proprietária da empresa. sob o ponto de vista da Juíza, o fato prejudicou de forma definitiva a continuidade da relação de trabalho.
O leitor pode estar se questionando sobre o conteúdo dessa curtida. Vamos explicar. Um ex-colega postou comentário em que fazia críticas dirigidas ao local em que ambos trabalhavam e teria participado de conversas públicas na rede social em que uma das proprietárias foi ofendida. Quando a empresa ficou sabendo, decidiu demitir o trabalhador por justa causa.
Justamente a fim de evitar cair neste tipo de cilada, o trabalhador deve ter bom senso e atenção ao postar em redes sociais.
Recurso contra a empresa
Claro que o funcionário pode entrar com um recurso se sentir lesado e não concordar com a decisão da empresa pode entrar com uma ação judicial para reverter a justa causa.
Para isso, o empregado deve comprovar que sua atitude não interfere na imagem do negócio, não ofende a dignidade de ninguém e nem as regras legais.
Caso o funcionário tenha provas de que não provocou o dado e a empresa não possuir grandes provas, existe a possibilidade de reverter a justa causa, mas isso irá depender do conjunto de provas do empregado e empregador.
Política interna de conduta
Advogados alertam para que funcionários evitem postar qualquer comentário ou foto contra a imagem, a moral e a reputação da empresa. Declarar fatos falsos ou difamatórios contra superiores ou colegas podem acarretar em demissão por justa causa imediata.
Para não haver nenhum tipo de problema, uma grande saída é a empresa estabelecer uma política interna, com manual de boas práticas — sugere a advogada.
As leis trabalhistas asseguram às empresas mencionar condutas e posturas relativas ao uso das redes e da internet no contrato de trabalho ou no manual interno. Algumas possuem cartilhas e manuais de redação, com orientação aos colaboradores sobre menções e linguagem apropriadas e, ainda, palavras indevidas.
Ao começar em um novo emprego, vale a pena perguntar ao seu chefe se existem orientações na empresa em relação ao uso de redes sociais.
Dicas para não cometer erros
- Evitar o uso e interação nas redes sociais no ambiente de trabalho e no curso da jornada (curtidas ou posts são prova de que o empregado não estava dedicado às suas atividades profissionais);
- Não misturar a vida pessoal com a profissional nas redes sociais (não raro, empregados que estão a trabalho postam fotos como se estivessem se divertindo);
- Interagir nas redes sociais sempre com bom senso;
- Nunca usar as redes sociais para mandar recados a superiores hierárquicos ou colegas de trabalho, seja de forma subliminar, muito menos diretamente;
- Nunca fazer comentários ruins/pejorativos ou críticas em tom de desabafo contra sua empresa nas redes sociais;
- Ter cautela nos likes das redes sociais, especialmente àqueles que são feitos contra sua empresa, chefe ou superior;
- Não manifestar excitação ou alegria quando alguém critica a sua empresa, chefe ou superior.
Fonte: Jornal Contábil
READ MOREReceita Federal analisa as informações de redes sociais
As informações das redes sociais são utilizadas de forma rotineira na análise e seleção de contribuintes para fins de fiscalização
A Receita Federal utiliza informações de redes sociais de forma rotineira na análise e seleção de contribuintes para fins de fiscalização. Na execução da fiscalização é muito comum que o Auditor-Fiscal analise as redes sociais para identificar bens e possíveis interpostas pessoas (laranjas) nos relacionamentos do contribuinte fiscalizado. Já na área de seleção e programação da ação fiscal, a Receita Federal está utilizando modelos de inteligência artificial que realizam buscas na internet e incluem essas informações dentre os parâmetros para seleção do contribuinte para fiscalização (malha).
As informações de redes sociais são indícios que se somam aos diversos outros cruzamentos que os Auditores-Fiscais realizam, como informações bancárias, cartórios, veículos, declarações de fontes pagadoras, profissionais de saúde, aluguéis etc. Trata-se de cruzamento de informações que se aperfeiçoa a cada dia com a retroalimentação dos sistemas com a experiência dos Auditores-Fiscais, bem como com a própria evolução da tecnologia.
Como informado, trata-se de mais um indício a compor o vasto conjunto de informações que a Receita Federal dispõe para cruzamento. Estima-se que as informações de redes sociais já tenham contribuído com subsídios para o lançamento ou atribuição de responsabilidade tributária a mais de 2.000 contribuintes, com valor sonegado na ordem de R$ 1 bilhão de reais.
A identificação do real proprietário e dos bens são fundamentais para que os lançamentos tributários tenham a garantia de que serão pagos, pois estarão garantidos com os patrimônios bloqueados.
A título de exemplo, cita-se algumas situações nas quais as redes sociais foram utilizadas na execução das fiscalizações:
– Durante a fiscalização foi identificado que o proprietário registrado no contrato social era uma interposta pessoa (laranja), entretanto tanto o laranja como o suposto real proprietário negavam possuir qualquer vínculo. Em pesquisas nas redes sociais foram identificadas fotos do laranja com o real proprietário da empresa, demonstrando seu vínculo;
– Caso em que filho de contribuinte fala sobre viagens caras e bens do pai que serviram de subsídio para fiscalização e garantia dos créditos tributários;
– Pelas redes sociais os Auditores-Fiscais identificam amigos, com quem o contribuinte se relaciona, permitindo a inclusão dos amigos nas pesquisas de grafo de relacionamentos, que facilitam a busca de laranjas e transferências patrimoniais;
– Durante a fiscalização foi identificado que o proprietário registrado no contrato social era uma interposta pessoa (laranja). Em redes sociais, verificou-se que o laranja “dono de empresa” que faturava 100 milhões por ano, postava fotos de “churrasco na laje”, demonstrado incompatibilidade de sua situação de proprietário daquela empresa;
– Situação em que o contribuinte assume em redes sociais ser proprietário de empresa que não está em seu nome;
– Situação em que um motorista afirmando prestar serviço para proprietário de empresa que não aparece no quadro societário constante nos registros;
– Caso de estrangeiro que tinha empresa em nome de laranja. Encontrado o nome da pessoa no site da família que informava que o pai fez acordo com governo de seu país para não ser preso, mas que os bens estavam em nome da mãe. Com isso, bloqueou-se os bens que estavam registrados em nome da mãe;
– Vídeo encontrado no Youtube de festa de fim de ano da empresa em que o real proprietário se dirige aos funcionários, sendo que para Receita Federal ele se apresentava com vendedor da empresa. Esse vídeo passou a constar como um dos elementos de prova no processo de lançamento do auto de infração para caracterizar a pessoa com real proprietário da empresa.
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Atualmente, o Brasil é o país que mais acessa redes sociais na América Latina
Autor: Roberto Dias DuarteFonte: O Autor
Atualmente, o Brasil é o país que mais acessa redes sociais na América Latina. Em média, o brasileiro gasta 650 horas por mês utilizando as mídias sociais. Por conta do alcance proporcionado pelas redes sociais, cada vez mais as empresas estão aplicando a estratégia de Social Selling como um meio de aumentar as vendas e fortalecer a sua marca.
Utilizando de rede social como o LinkedIn, o Social Selling auxilia na prospecção de clientes desenvolvendo uma comunicação interativa com os clientes, e ao mesmo tempo, promovendo a sua empresa.
O uso de uma metodologia de vendas por meio do Social Sellingpossibilita que as empresas apresentem suas soluções ou produtos ao seu público-alvo através das redes sociais. Tornando assim a comunicação mais focada e aumentando as oportunidades de vendas, fortalecendo também a sua marca através nas mídias sociais.
Por que utilizar o Social Selling?
Com o constante aumento de usuários nas redes sociais, é mais do que certo que seus clientes e potenciais clientes estejam em alguma delas. O Social Selling como metodologia de vendas é a maneira de manter contato com o seu público, fortalecendo a sua marca e divulgando a sua empresa nas mídias sociais. Veja algumas vantagens de utilizar o Social Selling:
Aumento das vendas
O uso do Social Selling nas mídias sociais é perfeito para manter a interatividade com o seus clientes e potenciais clientes. Essa interação consolida o vínculo entre empresa e cliente, o que acaba humanizando e fortalecendo a sua marca. Além do mais, as redes sociais ajudam na busca de novos cliente, qualificando o contato e fortalecendo para uma venda futura.
Não basta apenas estar presente nas redes sociais, é preciso possuir uma estratégia de conteúdo, divulgando suas soluções, serviços ou produtos, para que assim você ajude os seus clientes na jornada de compras. Outro ponto importante são as vendas de valor com Social Selling, que é o fortalecimento do valor da sua marca, ou seja, o que faz você diferente dos seus concorrentes.
Segmentação de conteúdo
Com milhões de pessoas acessando a mesma rede social, pode ficar meio complicado achar o seu público. Entretanto, redes sociais como Facebook e LinkedIn disponibilizam ferramentas para a segmentação das suas publicações, ou seja, você pode orientar o alcance do seu conteúdo para o seu público-alvo, assim apenas pessoas interessadas no seu serviço receberão as suas postagens.
A segmentação nas redes sociais funciona através do uso de palavras-chave, com base na idade e interesses do público que você deseja atingir, assim podendo direcionar o seu conteúdo para as pessoas certas e no momento certo. A possibilidade de segmentar é um dos diversos pontos positivos das mídias sociais, que facilita (e muito!) os negócios via LinkedIn e em outras plataformas.
Engajamento
Não podemos falar de Social Selling sem falar de engajamento, que é a interação e envolvimento que o seu público mantém com a sua marca pelas redes sociais. Uma das vantagens da estratégia é a comunicação direta com o seu público, tornando a sua empresa mais interativa e prestativa com os seus clientes, sem esquecer de desenvolver uma estratégia que seja relevante para o seu público e, ao mesmo tempo, promova o seu serviço ou produto.
O engajamento da sua empresa pode ser medido por métricas simples, como a quantidade de comentários, menções, curtidas, compartilhamentos e afins. Assim é possível compreender o quão envolvido com a sua empresa o seu público está, construindo uma fidelização com os seus clientes e se tornando relevante nas mídias sociais.
Visibilidade
No meio de tantas outras empresas que possuem o mesmo segmento de negócio, é um desafio se destacar e conquistar visibilidade nas redes sociais. Entretanto, o uso do Social Selling proporciona à sua empresa um espaço e visibilidade maior no meio digital, possibilitando desenvolver negócios e vendas de valor nas redes sociais, mostrando também o seu diferencial em relação aos seus concorrentes.
Produzir conteúdo relevante, manter uma comunicação com os seus clientes e desenvolver negócios via LinkedIn, por exemplo, são algumas das muitas opções de como conquistar maior visibilidade nas redes sociais. Contudo, é necessário tomar cautela para não queimar o seu filme nas redes sociais, aplicando apenas boas práticas e ações que ajudam na visibilidade da sua empresa.
Autoridade no assunto
Além de interagir com os seu clientes, utilizar de uma metodologia de vendas baseada no Social Selling é um meio de você desenvolver conteúdo que seja relevante para o seu público-alvo e que, ao mesmo tempo, torna a sua empresa uma autoridade no assunto.
Seja utilizando posts em blog ou publicações nas redes sociais, o processo de criação de conteúdo para esses meios possibilita que várias pessoas encontrem a sua empresa, leiam o seu conteúdo, interajam com a sua marca e, futuramente, lembrem de você como referência no segmento em que a sua empresa atua.
O foco nos clientes nunca esteve tão em alta quanto agora. Isso se aplica tanto à pré-venda quanto ao pós, onde atender o cliente com qualidade é fundamental. Ter uma comunicação e estratégia focada em seus clientes além de permitir conhecer melhor o seu público, abre novas portas para o aumento de vendas e visibilidade nas redes sociais.
Fonte: www.robertodiasduarte.com.br
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