Entenda como a Taxa Selic pode impactar a realização de seus sonhos

A SELIC, principal taxa básica de juros do país e que é definida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária), continua fixada em 13,75% pelo Banco Central e há indícios de que pode diminuir no segundo semestre. Mesmo influenciando diferentes setores da economia, nem todos os brasileiros entendem sua importância e como ela impacta a vida financeira. “O objetivo da SELIC é controlar a inflação e por isso ela está presente em todas as relações que os consumidores vão ter com as empresas e bancos”, explica Vinicius Vilaça, assessor de investimentos da Arcani Investimentos. “Basicamente, ela norteia a economia brasileira, interferindo no valor dos empréstimos e no rendimento daqueles que investem no Tesouro Selic, um dos produtos do governo”, completa.

Imagem por @nakaridore / freepik

De acordo com a pesquisa Monitor Global da Inflação, realizada pelo Instituto Ipsos, 82% da população tem a percepção de que uma taxa SELIC elevada contribui para aumentar o custo de vida no Brasil. “O Banco Central tende a deixar a SELIC alta para desincentivar o consumo quando há mais oferta de produtos do que pessoas interessadas em comprar. Dessa forma, os preços não sobem demais”, argumenta o assessor. É por isso que uma taxa elevada impacta nos empréstimos, investimentos e deixa os financiamentos mais caros.

SELIC e o sonho da casa própria

Financiar uma casa ou apartamento é um dos principais objetivos do brasileiro. Um estudo do QuintoAndar indicou que 39% da população pretende comprar um imóvel este ano e o índice pode influenciar no valor final deste financiamento para o consumidor. “Quanto mais alta a SELIC, mais caros tendem a ficar os financiamentos de casa e carro”, reforça Vinicius.

É possível que a SELIC diminua no próximo semestre e dentro de alguns meses as taxas devem ficar menores para quem deseja financiar algo. “Isso não quer dizer que seja necessário esperar para comprar um imóvel, já que é preciso considerar outros fatores, como o preço dele subir ou uma oportunidade boa agora não estar disponível depois”, ressalta.

Dica do especialista:

“É interessante acompanhar ciclos da economia em que a SELIC está abaixo de 8%, porque é nesses momentos que cotar um financiamento pode ser mais interessante para o consumidor e que ele consiga um custo efetivo total da sua negociação melhor”, aponta o assessor de investimentos.

Imagem por @albertyurolaits / freepik
Imagem por @albertyurolaits / freepik

O impacto da taxa nos empréstimos

A SELIC é o fio condutor da economia e, como ela influencia tudo o que é oferecido ao cliente, pode gerar juros mais altos nos empréstimos pessoais. “Quando o banco empresta dinheiro ganha em cima da taxa utilizada, que é uma garantia de segurança para a instituição”, salienta.

Quem está pensando em usar um empréstimo para sanar dívidas precisa avaliar se essa é realmente a melhor opção. “Se a conta é do cartão de crédito ou do cheque especial, que geralmente tem as taxas de juros mais elevadas do mercado, utilizar um empréstimo pessoal pode ser uma alternativa para quitar. Isso porque as taxas de empréstimos pendem a ser menores que os juros cobrados por essas dívidas”, destaca Vinicius.

Dica do especialista:

“Fazer um empréstimo pessoal para saldar um financiamento imobiliário pode não fazer sentido porque geralmente eles têm juros menores. O cliente deve sempre olhar para a taxa da dívida e procurar se existe outra, com cobranças mais baratas, que ele pode assumir”, sugere o assessor de investimentos.

A influência da SELIC nos investimentos

Novamente, a taxa SELIC guia outros índices que refletem diretamente no rendimento de um ativo ou transação no mercado financeiro. “Uma SELIC elevada tende a deixar o investidor mais conservador e aumentar os aportes em renda fixa. A medida que ela diminui, a busca por investimentos moderados, que oferecem maior rentabilidade, aumenta”, esclarece.

Dica do especialista:

“Quando a SELIC está alta é o momento de investir em ativos pré-fixados, com uma rentabilidade pré-estabelecida e duração média de 3 ou 4 anos. Mesmo que a taxa diminua, o investimento vai continuar rendendo com juros mais altos, beneficiando o consumidor”, finaliza Vinicius.

Fonte: Entenda como a Taxa Selic pode impactar a realização de seus sonhos

READ MORE


Mercado aumentou a projeção de crescimento da economia

O mercado financeiro está mais otimista com relação à economia do país. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto – PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país – aumentou de 2,14% para 2,18%, entre a semana passada e esta.

Imagem por @rafapress / freepik

Há quatro semanas, a previsão era de crescimento de 1,26%. O resultado mantém uma sequência de sete semanas de alta nas expectativas. O boletim Focus apresenta semanalmente as projeções para os principais indicadores econômicos do país.

Para o ano de 2024, a expectativa é de crescimento de 1,22% do PIB. Há uma semana, o mercado previa crescimento de 1,2%. Para os anos subsequentes (2025 e 2026), o mercado projeta altas de 1,83% e de 1,92%, respectivamente.

Inflação

O mercado está mais otimista também com relação à inflação oficial do país, com queda nos índices esperados para 2023 e 2024. Para o ano corrente, as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,12 (estimativa divulgada na semana passada) para 5,06, conforme divulgado no boletim desta semana.

Apesar de as expectativas estarem melhores do que as divulgadas há uma semana, as projeções ainda estão acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

A expectativa de inflação para 2024 caiu de 4% para 3,98%, entre a semana passada e esta semana; e se manteve estável (3,8%) em 2025. Para 2026, espera-se uma inflação de 3,72%.

Juros e câmbio

Com relação à taxa básica de juros (Selic), principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação, as expectativas do mercado financeiro se mantém estável, em 12,25% para 2023; em 9,5% para 2024; e em 9% e 8,75% para 2025 e 2026, respectivamente.

Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, conforme definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto de 2022, e é a maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

A previsão do mercado para a para a cotação do dólar se manteve estável na comparação com a semana passada – em R$ 5 para o final de 2023; e em R$ 5,10 para 2024.

Original de Agência Brasil

READ MORE


Correção de juros sobre créditos fiscais é regulamentado pela Receita

As empresas que usam créditos fiscais devem ficar atentas pois houve mudanças na forma como o saldo remanescente será corrigido. A Receita Federal proibiu a incidência de juros sobre juros na compensação tributária, reduzindo o valor que os empresários podem abater em impostos futuros.

Muitos contribuintes habilitam créditos decorrentes de decisão judicial transitada em julgado em seu favor, perante a Receita Federal, para que possa, posteriormente, realizar compensação com tributos devidos

A Receita Federal publicou a Solução de Consulta nº 24/2022 modificando a forma de correção do saldo remanescente. Pela nova regulamentação, é proibida a incidência de juros sobre juros nesta correção, o que diminuirá consideravelmente os créditos dos contribuintes.

De acordo com o entendimento da Solução de Consulta nº 24/2022 a correção será aplicada apenas sobre o principal, o volume de crédito tributário no momento em que a empresa entrou com ação na Justiça.

A mudança afetará principalmente empresas que habilitam, de uma vez, no sistema da Receita Federal, créditos fiscais reconhecidos judicialmente, mas abatem impostos aos poucos.

O saldo remanescente do crédito que ainda não foi usado para reduzir tributos é corrigido pela taxa Selic (juros básicos da economia) durante os cinco anos em que o abatimento pode ser feito.

Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/

READ MORE


Taxa de juros deve continuar a subir, segundo ata do Copom

A taxa básica de juros, a Selic, deve subir novamente na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em fevereiro de 2022. A previsão está na ata da última reunião do comitê, divulgada hoje (14). A taxa Selic sofreu a sétima alta seguida, na última semana, ao passar de 7,75% para 9,25% ao ano.

“Para a próxima reunião, o comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude [1,5 ponto percentual]”, diz a ata do Copom.

Ao avaliar os riscos para inflação, o Copom avalia que “novos prolongamentos das políticas fiscais [aumento de gastos públicos] de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada [procura por bens e serviços] e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco [relação entre risco e rendimentos de investimentos] do país”.

“Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico”, acrescenta.

Cenários

Na ata, o Copom diz que avaliou a possibilidade de fazer um ajuste maior do que 1,5 ponto percentual na Selic, mas decidiu manter o ritmo de ajuste. “Concluiu-se que o ritmo de ajuste de 1,5 ponto percentual, neste momento, é adequado para atingir, ao longo do ciclo de aperto monetário, um patamar suficientemente contracionista para não somente garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, mas também consolidar a ancoragem das expectativas de prazos mais longos”, acrescenta a ata.

Para o Copom, a decisão fará com que a inflação convirja para a meta em 2022 e em 2023. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, ressalta.

Segundo o Copom, em um cenário com projeções para a Selic feitas pelo mercado financeiro e taxa de câmbio em US$ 5,65, a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fica em torno de 10,2% em 2021, 4,7% em 2022 e 3,2% em 2023. Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 11,75% ao ano durante 2022, terminando o próximo ano em 11,25% ao ano, e reduz-se para 8% ao ano em 2023.

Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação em 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, o limite superior é 5,25% e o inferior, 2,25%. A meta de 2022 é 3,50% e para 2023, é 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos. Ou seja, por esse cenário, a inflação ficará acima do limite superior da meta em 2021 e do centro da meta em 2022.

Original de Agência Brasil

READ MORE


Entenda tudo sobre a taxa Selic

Atualmente em 4,25% ao ano, a taxa Selic interfere direta e indiretamente no dia a dia dos brasileiros.

Definida como os juros básicos da economia, essa taxa serve de base para os demais juros cobrados nas operações de crédito e em boa parte dos investimentos em renda fixa.

Na prática, a Selic representa a origem de diversos processos que regem a economia e é o principal instrumento do Banco Central (BC) para segurar a inflação.

A sigla Selic tem origem no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, sistema por meio do qual as instituições financeiras compram ou vendem títulos que o Tesouro Nacional repassou ao Banco Central.

O volume de títulos em circulação regula a quantidade de dinheiro na economia, ajudando a controlar a inflação.

A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define uma meta para a taxa Selic. Com base nessa meta, a autoridade monetária vai vender ou comprar títulos para ajustar o volume de dinheiro em circulação. Caso a inflação esteja alta, o BC aumenta a taxa Selic e atrai o interesse dos bancos em comprarem títulos públicos nas chamadas operações de mercado aberto. Isso porque as instituições financeiras adquirem o papel com o compromisso de, em determinada data, pegar o dinheiro de volta corrigido com juros.

Essas operações duram de 24 horas a 90 dias. Quando os bancos compram os títulos no mercado aberto, deixam dinheiro no Banco Central, diminuindo a quantidade de moeda em circulação na economia. Em momentos de queda da taxa Selic, ocorre o contrário. Os bancos vendem títulos ao BC e pegam de volta o dinheiro, que passa a circular.

Segundo a teoria econômica tradicional, quanto mais moeda em circulação, maior a chance de os preços subirem.

Além dos títulos do mercado aberto, o BC tem dois instrumentos para controlar a inflação.

O primeiro é o redesconto, em que os bancos emprestam dinheiro entre si por até 24 horas para cumprir os depósitos mínimos que são obrigadas a ter no Banco Central e cumprirem a lei.

Esses empréstimos são constantes e têm como taxa o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), taxa próxima à Selic.

A segunda ferramenta são os compulsórios, dinheiro que os bancos devem deixar retidos no Banco Central. Quanto mais recursos na conta do BC, menos as instituições financeiras emprestam à população.

O principal instrumento de política monetária, no entanto, continua sendo a Selic, porque permite um ajuste mais fino do dinheiro em circulação e facilita o controle da inflação.

Crédito e consumo

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Real, dinheiro, moeda / Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Por ser a base das demais taxas de juros, a Selic atua sobre todo o mercado de crédito e, por consequência, na atividade econômica.

Quando os juros básicos sobem, como ocorre desde março, as taxas dos demais empréstimos se elevam, tornando mais difícil o acesso ao crédito.

Isso impacta tanto o consumo, principalmente de bens duráveis (carros, eletrodomésticos) como os investimentos das empresas.

Conforme o cálculo dos economistas, a Selic de 6,5% ao ano seria considerada neutra (sem impacto sobre a produção e o consumo).

Desde 2018, o Banco Central tem praticado uma política monetária estimulativa, com a Selic abaixo do nível que impediria a inflação de subir, para estimular o emprego e o crescimento.

O auge dessa política ocorreu entre agosto do ano passado e março deste ano, quando a Selic caiu para 2% ao ano, o menor nível da história.

Investimentos e câmbio

Em tese, cada movimentação na taxa Selic (aumento ou redução) leva de 12 a 18 meses para ser sentida em todo o mercado de crédito.

No entanto, existem outros canais na economia em que a variação dos juros básicos provoca efeitos mais imediatos.

O primeiro canal mais sensível à taxa Selic é o câmbio. Quanto maior a Selic, mais recursos estrangeiros entram no país.

Isso ocorre porque os investidores se baseiam na diferença entre a taxa básica nos Estados Unidos, atualmente numa faixa entre 0% e 0,25% ao ano, e as taxas básicas de países emergentes, como o Brasil.

Os juros mais altos buscam compensar o maior risco dos investidores em relação aos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo.

O segundo canal são os investimentos em renda fixa. Como a taxa Selic influencia diretamente a remuneração de diversas aplicações, qualquer mudança afeta a rentabilidade desses recursos.

Os principais investimentos cujo rendimento sobe com a alta dos juros básicos são os títulos do Tesouro Direto vinculados à Selic, a caderneta de poupança (que atualmente rende 70% da Selic) e investimentos atrelados ao CDI, como Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Câmbio (LC), Letras de Crédito ao Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Por: Wellton Máximo

Fonte: Agência Brasil

READ MORE